As atitudes e o conhecimento sobre práticas de vida saudáveis de uma amostra da população de Juiz de Fora

Autores

  • Ana Vitória Vitoreti Martins MÉDICA GRAUDADA PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
  • José Antonio Chehuen Neto Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora. Mestre e Doutor pelo Curso de Pós-graduação em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-SP).
  • Renato Erothildes Ferreira Pesquisador e Estatístico do Grupo de Estudos em Cirurgia Experimental da Faculdade de Medicina (FAMED/UFJF). Mestre em Educação.
  • Danillo Zeferino de Oliveira Souza Graduando de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora.
  • Flavia Paiva dos Santos Pereira Graduanda de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora.
  • Jessica Miquelitto Gasparoni Médica graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora.

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2017.v43.2608

Palavras-chave:

Estilo de vida. Saúde. Atividade física.

Resumo

O novo pentáculo do bem-estar refere-se a cinco características do estilo de vida que auxiliam a promoção da saúde individual: níveis de stress, características nutricionais, atividades físicas habituais, comportamento preventivo e qualidade dos relacionamentos humanos. Ao percebermos a dificuldade na alteração do estilo de vida dos pacientes e, também, em atuar na prevenção de doenças ou no seu tratamento, buscamos identificar os obstáculos na mudança para um estilo de vida saudável, além de avaliar hábitos de vida e conhecimento sobre práticas saudáveis. Assim, elaboramos um estudo transversal, descritivo e quantitativo realizado na cidade de Juiz de Fora - MG, coletando-se dados a partir do questionário validado, novo pentáculo do bem-estar, com amostra de 462 indivíduos. A maioria dos entrevistados têm noções dos hábitos saudáveis, com 55,2% da amostra baseando-se em orientações médicas; 93,7% acreditam nos benefícios da mudança de estilo de vida; 92,2% supõe que hábitos saudáveis atuais repercutem no futuro e 53,6% realizam algum tipo de atividade física. De modo geral, a amostra mantém hábitos nutricionais satisfatórios, 61,9% relataram ingesta diária de 05 porções de vegetais e 53,7% evitavam alimentos gordurosos e/ou doces. As dificuldades encontradas relacionam-se principalmente aos fatores culturais, vinculadas às crenças. Quanto as possibilidades/efetividades de mudanças; a falta de tempo foi a segunda maior dificuldade encontrada. Ao fim, concluiu-se que o perfil que melhor cuida da própria saúde compreende aqueles com nível de escolaridade mais elevado, menores de 34 anos e que recebem quatro ou mais salários mínimos por mês, independente do sexo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Vitória Vitoreti Martins, MÉDICA GRAUDADA PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

GRADUADA EM MEDICINA PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, RESIENTE EM CLÍNICA MÉDICA NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG

Referências

BARROS, A. J. D. et al. Tabagismo no Brasil: desigualdades regionais e prevalência segundo características ocupacionais. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 9, p.3707-3716, set. 2011.

BARROS, M. B.; IAOCHITE, R. T. Autoeficácia para a prática de atividade física por indivíduos adultos. Revista Motricidade, Vila Real, vol. 8, n. 2. p. 32-41, abr-jun. 2012.

BARROS, M. V. G; NAHAS, M. V. Comportamentos de risco, auto-avaliação do nível de saúde e percepção de estresse entre trabalhadores da indústria. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 35, n. 6, p. 554-563, dez. 2001.

BAUM,F.; FISHER, M. Why behavioral health promotion endures despite its failure to reduce health inequities. Sociology of Health & Illness, Hoboken, v. 36, n. 2, p. 213–225, fev. 2014.

BERTO, S. J. P.; CARVALHAES, M. A. B. L; MOURA, E. C. Tabagismo associado a outros fatores comportamentais de risco de doenças e agravos crônicos não transmissíveis. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 8, p. 1573-1582, ago. 2010.

BUSS, P. M. Promoção da Saúde da Família. Revista Brasileira de Saúde da Família, Brasília, ano II, n. 6, p. 50-63, dez. 2002.

COSTA, J. S. D. et al. Consumo abusivo de álcool e fatores associados: estudo de base populacional. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 284-291, abr. 2004.

COSTA, Evelyn Fabiana. Prática de atividade física e sua relação com a escolaridade em adultos de Ermelino Matarazzo, Zona Leste de São Paulo, SP. 2009. Dissertação (Mestrado em Nutrição em Saúde Pública) - Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

DEON, R. G. et. al. Consumo de alimentos dos grupos que compõem a pirâmide alimentar americana por idosos brasileiros: uma revisão. Revista Ciência & Saúde, Porto Alegre, v. 8, n. 1, p. 26-34, jan.-abr. 2015.

DOSSE, C. et al. Fatores associados à não adesão dos pacientes ao tratamento de Hipertensão Arterial. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 17, n 2, p. 201-206, mar-abr. 2009.

FIGUEIREDO, I. C. R; JAIME, P. C.; MONTEIRO, C. A. Fatores associados ao consumo de frutas, legumes e verduras em adultos da cidade de São Paulo. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 42, n. 5, p 777-785, ago. 2008.

GAUDÊNCIO, P. Mudar e vencer: como as mudanças podem beneficiar pessoas e empresas. São Paulo: EditoraGente, 1999.

HALLAL, P. C. et al. Global physical activity levels: surveillance progress, pitfalls, and prospects. TheLancet, Reino Unido, v. 380, p. 247-257, 21 jul. 2012.

JUNGUES, C. F. Influência da cultura no comportamento alimentar em gestantes: contribuições para enfermagem. 107 f.Dissertação (Mestrado em Enfermagem), Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2010.

JUNIOR, J. S. M. et al. Nível de Atividade Física e Perfil Sociodemográfico dos Usuários dos Ambientes Públicos de Atividades Físicas na Cidade de João Pessoa-PB. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, João Pessoa, v. 15, n. 3, p. 349-356, 2011.

KILSZTAJN, S. Padrão de alimentação e distribuição de renda no Brasil. Pesquisa & Debate, São Paulo, v.9, n. 2, p. 44-86, 1998.

LOBATO, J. C. P.; COSTA, A. J. L.; SICHIERI, R. Food intake and prevalence of obesity in Brazil: an ecological analysis. Public Health Nutrition, San Luis Obispo, v. 12, n. 11, p. 2209-2215, nov. 2009.

MALTA, M. B.; PAPINI, S. J.; CORRENTE, J. E. Avaliação da alimentação de idosos de município paulista: aplicação do Índice de Alimentação Saudável. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.18, n. 2, p. 377-384, fev. 2013.

MARTINS, M. O. Estudo dos fatores determinantes da prática de atividades físicas de professores universitários. 183 f.Dissertação (Mestrado em Atividade Física e Saúde - CDS), Faculdade de Educação Física, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000.

MONDINI, L. et al. Consumo de frutas e hortaliças por adultos em Ribeirão Preto, SP. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 44, n. 4, p. 686-694, ago. 2010.

MONTEIRO, C. A. et al. A descriptive epidemiology of leisure-time physical activity in Brazil, 1996-1997. RevistaPanamericana de SaludPublica, Washington , v. 14, n. 4, p. 246-254, out. 2003.

MOREIRA, R. A. M.; SANTOS, L. C.; LOPES, A. C. S. A qualidade da dieta de usuários de serviço de promoção da saúde difere segundo o comportamento alimentar obtido pelo modelo transteórico. Revista Nutrição, Campinas, v. 25, n. 6, p. 719-730, dez. 2012.

NAHAS, M. V.; BARROS, M. V. G.;FRANCALACCI, V. O pentáculo do bem-estar - Base conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos ou grupos. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, Pelotas, v. 5, n. 2, p. 48-59, 2000.

NASSER, Roberta Lacerda et al. Atividade física de lazer e uso de substâncias lícitas em uma amostra populacional de adultos jovens. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p. 63-70, jan. 2016 .

NEUTZLING, M. B. et al. Fatores associados ao consumo de frutas, legumes e verduras em adultos de uma cidade no Sul do Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 11, p. 2365-2374, nov. 2009.

PUCHER, J.; BUEHLER, R. (2008). Cycling for Everyone: Lessons from Europe.Transportation Research Board, CD-ROM 87th Annual Meeting, Washington, D.C.

RESENDE, M. C. et al. Rede de relações sociais e satisfação com a vida de adultos e idosos. Revista Psicologia para América Latina, México, n.5, fev. 2006.

RICOU, M. et al. A comunicação e a alteração de comportamentos. Revista Psicologia, Saúde & Doenças, Lisboa, v. 5, n. 2, p. 131-144, nov. 2004.

SALLIS, J. F.; OWEN, N. Physicalactivity&behavioral medicine. Sage Publications, Thousand Oaks, v. 3, p. 110-134, 1999.

SILVA, R. S. et al. Atividade física e qualidade de vida.Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 115-120, jan. 2010.

SOUZA, C. A. et al. Prevalência de atividade física no lazer e fatores associados: estudo de base populacional em São Paulo, Brasil, 2008-2009. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 2, p. 270-282, fev. 2013.

SOUZA, P. B. Análise de fatores que influem no uso da bicicleta para fins de planejamento cicloviário. 190 f. Tese (Doutorado – Programa de pós-graduação em Engenharia de Transporte e Área de Concentração em Planejamento e Operação de Sistemas de Transportes), Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2012.

UNITED STATES DEPARTMENT OF AGRICULTURE [USDS]. Economic Research Service [ERS]. USDA calculations based on annual household expenditure data from ERS: Percent of consumer expenditures spent on food, alcoholic beverages, and tobacco that were consumed at home, by selected countries, 2014.Washington, 2014.

VASCONCELOS, K. E. L.; SCHMALLER, V. P. V. (Nova) promoção da saúde: configurações no debate do serviço social.Emancipação, Ponta Grossa, v. 14, n. 1, p. 129-146, 2014.

WORLD HEALTH ORGANIZATION.Preamble to the Constitution of the World Health Organization as adopted by the International Health Conference, New York, 19-22 June, 1946; signed on 22 July 1946 by the representatives of 61 States (Official Records of the World Health Organization, no. 2, p. 100) and entered into force on 7 April 1948. Disponível em:.< http://www.who.int/about/definition/en/print.html>. Acesso em: 22/04/2016

Downloads

Publicado

2017-08-22

Como Citar

1.
Martins AVV, Chehuen Neto JA, Ferreira RE, Souza DZ de O, Pereira FP dos S, Gasparoni JM. As atitudes e o conhecimento sobre práticas de vida saudáveis de uma amostra da população de Juiz de Fora. HU Rev [Internet]. 22º de agosto de 2017 [citado 7º de dezembro de 2024];43(1). Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2608

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>