LIVROS MARANHENSES DE LEITURA OU DE CIVILIDADE?
DOI:
https://doi.org/10.34019/2447-5246.2024.v29.45073Resumo
Neste artigo abordam-se dois livros de leitura escritos por autor maranhense e produzido no Maranhão na Tipografias de Frias no oitocentos; artefatos culturais considerados por nós enquanto manuais de civilidade que foram concebidos, produzidos e postos em circulação, na tentativa de avaliar o seu papel, influência e representatividade na instrução primária no período. Busca-se compreender o lugar de Aos Meus Meninos (1874) e de Almanck de Lembranças Brasileiras (1862) de Cesar Augusto Marques na província à luz dos pressupostos teóricos-metodológicos da História cultura, cruzando-se informações da malha de notícias, disputas e concordâncias ao respeito na imprensa local, nos relatórios dos Presidentes de Província, dos Inspetores da Instrução Pública e dos Delegados Literários, como também nas correspondências trocadas entre autoridades escolares, professores e governo, analisando-se estes livros de leitura como objeto e fonte. Analisar livros de leitura de autores maranhenses como manuais de civilidade pensados, produzidos e postos em circulação nos permite compreender neste exame o tratamento sugerido pelos mentores às regras moralizantes e disciplinadoras tratadas no corpus das obras que se sustentam nos códigos de condutas propostos e nos ajustamentos de corpos impostos no intuito de promover o controle das pulsões e das tensões por um saber ser e um saber estar.
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