A CONSOLIDAÇÃO DA MATERIALIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR DO RIO GRANDE DO SUL
DOI:
https://doi.org/10.34019/2447-5246.2024.v29.45070Resumo
Este trabalho investiga a interconexão entre a materialidade do ambiente escolar e os conteúdos acadêmicos prescritos nas regulações de instrução pública para as primeiras letras no Brasil no século XIX. Utilizar-se-á, como recurso teórico-metodológico, concepções oriundas do materialismo histórico em sua versão gramsciana. Os materiais para o ensino da leitura e da escrita, como cartilhas e os livros de leituras utilizados nas escolas constituem-se em indicadores privilegiados da configuração da prática pedagógica no século XIX. Mas, não tem condições, isoladamente, de permitir a apreensão desta realidade e entende-se que a percepção de outras condições infra estruturais são tão ou mais importantes para compreender o processo de aquisição da leitura e da escrita. A análise relaciona e, de certa forma, confronta o estabelecido por leis e regulamentos de instrução pública, orientações dos governos provinciais, normatizações dos conselhos municipais sobre instrução, etc. e a materialidade constante nos inventários de transmissão ou assunção da titularidade das aulas. Nestes documentos é possível identificar, a existência, ou não, de materialidades deste aprendizado (além dos livros) de outros componentes desta realidade como bancos de areia, penas, lousas, cadernos, carteiras escolares, mapas, livros de frequência, etc. A análise deste corpus documental permite afirmar que o processo de constituição do sistema de ensino de leitura e escrita no Brasil ocorreu dentro dos padrões mais modernos da época, evidentemente circunstanciado por uma formação social escravocrata, refutando as interpretações “positivistas/republicanas” que insistem em desqualificar os esforços das províncias, pós ato adicional de 1834, em relação à instrução pública.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um artigo à revista Educação em Foco e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Educação em Foco: os direitos de primeira publicação e a permissão para que Educação em Foco redistribua esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.