O RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO NAS NORMATIVAS CURRICULARES DO BRASIL, CHILE E ARGENTINA
DOI:
https://doi.org/10.34019/2447-5246.2024.v29.43572Resumo
No que se refere ao ensino de Geografia, é possível afirmar que houve modificações nas normativas curriculares em diversos países, com os esforços de tornar esse ensino mais atrativo, problematizador e preocupado com o raciocinar geograficamente. O presente artigo tem como objetivo investigar de que maneira o raciocínio geográfico é apropriado pelas normativas curriculares do Brasil, Chile e Argentina. Para tanto, foi realizada uma pesquisa documental, utilizando-se o método comparativo, para analisar e comparar a BNCC – Brasil –, o Curriculum Nacional – Chile – e os Nucleos de Aprendizajes Prioritarios – Argentina. Foram analisadas as normativas curriculares referentes aos Anos Finais do Ensino Fundamental. Os resultados indicam que a BNCC menciona o termo raciocínio geográfico, mas não apresenta um aclaramento desse raciocínio. Já o Curriculum Nacional destaca que para pensar geograficamente e compreender as relações e conexões presentes no espaço geográfico, é necessário operar com conhecimentos, habilidades e atitudes, específicas da Geografia, contudo não apresenta e aclara tais elementos concernentes ao pensar geograficamente. Enquanto os Nucleos de Aprendizajes Prioritarios mencionam e abordam elementos importantes para a Geografia, como espaço geográfico, território e escala, contudo não fazem alusão a uma forma de se pensar da Geografia. Conclui-se que apesar dos esforços de muitos pesquisadores em definir o que seja raciocínio geográfico, pensamento geográfico, pensamento espacial ou termos similares, as normativas curriculares que estabelecem as diretrizes para a educação nos três países não definem de forma clara e objetiva esse modo de pensar da/na Geografia.
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