CONHECIMENTO EM SAÚDE BUCAL DA CRIANÇA E SUA APLICAÇÃO NA PRÁTICA DE MÉDICOS DE FAMÍLIA
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2017.v20.16266Palabras clave:
Saúde Bucal, Criança, Prevenção PrimáriaResumen
Introdução: O cirurgião-dentista é o profissional mais capacitado para trabalhar assuntos relativos à situação de saúde bucal. No entanto, algumas equipes de ESF ainda não possuem o profissional cirurgião-dentista presente. Muitas vezes, o profissional médico passa a ser o principal contato da equipe de saúde com a população. Assim, observa-se a necessidade do mesmo ter o conhecimento de práticas preventivas em relação à saúde bucal. Objetivos: Verificar o conhecimento em saúde bucal da criança dos médicos de família. Material e Métodos: Foi realizada uma entrevista semi-estruturada com oito Médicos de Família do Serviço de Saúde Comunitária (SSC) do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Resultados: Apenas 37,5% da amostra citou que a dentição decídua deveria estar completa abaixo de 4 anos. Quanto à transmissibilidade da doença cárie, 50% dos médicos consideraram que esta não é transmissível de uma pessoa para outra. Todos os médicos entrevistados consideraram que o fator bacteriano não é o único capaz de desencadear o processo carioso, necessitando de outras variáveis associadas. O período mais recomendado pelos médicos para a 1ª consulta odontológica da criança seria quando da erupção dos primeiros dentes (37,50%). Em relação à utilização de mamadeiras, 50% dos entrevistados orientam a higienização bucal após a mamada e 62,50% orientam mínima ou não utilização de açúcar nas mamadeiras. Conclusão: Diante do número reduzido de dentistas em atenção primária no Brasil, e das necessidades odontológicas apresentadas pela população, vê-se a necessidade de capacitação de profissionais médicos para atuação direcionada à prevenção em saúde bucal.