FREQUÊNCIA DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTM) E SUA RELAÇÃO COM A ANSIEDADE E DEPRESSÃO ENTRE USUÁRIOS QUE PROCURARAM O SETOR DE ODONTOLOGIA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE
Palavras-chave:
Transtornos da Articulação Temporomandibular, Ansiedade, Atenção Primária à Saúde, DepressãoResumo
As Disfunções Temporomandibulares (DTM) são distúrbios da Articulação Temporomandibular (ATM) comuns em crianças e adolescentes, tendendo a aumentar sua prevalência na fase adulta. Uma vez que poucos estudos discutem a prevalência de DTM em serviços de Atenção Primária (APS), o objetivo do presente estudo foi verificar a freqüência das DTMs e sua relação com a ansiedade e depressão em usuários que procuraram o setor de odontologia de uma unidade de APS. A amostra foi composta por 257 pacientes adultos (maiores de 18 anos) atendidos de forma consecutiva na unidade. Para avaliação do grau de DTM entre os pacientes do estudo, foi utilizado um questionário proposto por Maciel (2002), constituído de 10 perguntas objetivas que apontam a presença de DTM. Para avaliação da ansiedade foi usada a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) validada por Marcolino (2007). Essa escala possui 14 itens fechados, dos quais 7 são voltados para ansiedade (HADS-A) e 7 para depressão (HADS-D). A freqüência de DTM encontrada foi de 86,7% sendo que as DTMs moderadas e severas estavam presentes na maioria dos sujeitos (55,7%), enquanto os não portadores e portadores leves de DTM representaram 45,3% da amostra. Observou-se também uma correlação significante entre DTM e ansiedade e depressão (p