Composição e distribuição de conchas de moluscos límnicos no Parque SESC Baía das Pedras, Pantanal de Poconé, Mato Grosso

Autores

  • Sandra Francisca Marçal Programa de Pós Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade - PPGCEB, Universidade Federal de Mato Grosso. Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais – PPGCA, Universidade de Cuiabá – UNIC.
  • Claudia Tasso Callil Laboratório de Ecologia Aquática, Depto. Biologia e Zoologia, Instituto de Biociências - Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT.

DOI:

https://doi.org/10.34019/2596-3325.2017.v18.24578

Resumo

A riqueza, abundância e similaridade na composição de moluscos em diferentes corpos d’água no Parque Baía das Pedras, Pantanal de Poconé foi avaliada a partir de registros de conchas de indivíduos mortos durante o período de estiagem.Conchas de sete espécies de moluscos foram coletadas manualmente no perímetro de 19 corpos d’água (cinco poças remanescentes de Corixo, 12 Caixas de Empréstimo e duas Baías). A distância entre os corpos d’água e a área total de cada corpo d’água foram utilizadas como variáveis explicativas para a riqueza e distribuição de moluscos. As matrizes de dissimilaridade na composição e abundância de espécies (Bray Curtis) e de distância geográfica (Distância Euclidiana) entre os pontos demonstraram uma distribuição heterogênea para as espécies. A análise de ordenação da abundância e riqueza de moluscos em função das variáveis ambientais (área, profundidade e temperatura), não indicou presença de gradiente ambiental para as populações estudadas. Contudo, essas variáveis correlacionadas influenciam na riqueza (maior no Corixo) e abundância (r²=0,444 e p =0,028) de espécies nos corpos d’água, o que indica a prevalência de fatores locais na composição e um efeito do tamanho do sistema aquático na mortalidade de moluscos. Conchas são bons testemunhos para explicar a estruturação de comunidades de moluscos em sistemas aquáticos temporários, fornecendo dados sobre a composição e riqueza de espécies, porém, não são eficazes para explicar as relações desta comunidade com o meio abiótico como determinantes de um padrão de distribuição.

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Biografia do Autor

Sandra Francisca Marçal, Programa de Pós Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade - PPGCEB, Universidade Federal de Mato Grosso. Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais – PPGCA, Universidade de Cuiabá – UNIC.

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso (2005), Mestrado em Ecologia e Conservação da Biodiversidade (2007) pela
Universidade Federal de Mato Grosso e doutorado em Ciências Biológicas com enfase em Zoologia (2014) pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. Tem
experiência na área de Ecologia com ênfase em ecologia de invertebrados associados a macrófitas, com destaque para insetos. Atuou em trabalhos na área de ecologia de
fitoplâncton e ecologia de Bivalves Invasores, Ministrou aulas para Ciências Biológicas nas disciplinas de Ecologia, Zoologia de vertebrados e Invertebrados e estágio
supervisionado.
Atualmente é bolsista PNPD pelo Programa de Mestrado em Ciências Ambientais da UNIC.

Claudia Tasso Callil, Laboratório de Ecologia Aquática, Depto. Biologia e Zoologia, Instituto de Biociências - Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT.

Graduada em Licenciatura Plena e Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina, possui mestrado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos e doutorado em Biociências (Zoologia) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e IGB - Institute of Freshwater Ecology and Inland Fisheries, Berlin. Atua na área de Ecologia Aquática principalmente com padrões de diversidade de invertebrados aquáticos, com ênfase em Bivalves nativos e exóticos. É professora associada da Universidade Federal de Mato Grosso e bolsista de PED no Freshwater Mollusk Conservation Center - Virgina Politech Instute and Stadual University. Tem se dedicado no refinamento de tecnicas para propagação, estudos de demografia e modelos de ocupacao de moluscos bivalves como ferramentas para a conservação deste grupo.

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Publicado

2017-04-06