Apresentação, vol 4 n 1
Resumen
Doutoranda em Estudos Literários na Unesp-Araraquara, Joana Junqueira Borges explora, no trabalho que abre este novo número de nossa revista, aspectos teóricos e práticos, em “A Arte Poética de Horácio e sua tradução e recepção no Arcadismo Português: Marquesa de Alorna”, relativos a antigas traduções do tratado horaciano em língua portuguesa, traçando um breve panorama de autores dedicados ao tema. Mais especificamente, a pesquisadora concentra seu artigo não só em uma breve apresentação da vida de D. Leonor de Almeida, Marquesa de Alorna, mas também em analisar em detalhe passagens dessa peculiar tradução publicada no início do século XIX.
Em seguida, temos um trabalho interessantíssimo dos professores doutores Esther Torres-Simón e Anthony Pym, membros do Intercultural Studies Group da Universitat Rovira i Virgili, Espanha. Em “A bagagem profissional de estudiosos da tradução: relatório de uma pesquisa”, publicado originalmente em inglês na revista Target, os autores procuram avaliar não apenas em que medida os professores de tradução possuem experiência efetiva em traduzir e interpretar, mas, também, o modo como veem a relação entre ensino/pesquisa e prática e, ainda, o quanto uma atividade pode interferir na outra. Os resultados trazem dados concretos sobre questões, até então, discutidas muitas vezes de maneira impressionista nos Estudos Tradutórios.
O trabalho seguinte, publicado anteriormente em francês na revista Ítaca, traz os resultados de uma outra pesquisa realizada entre professores de tradução. “A explicação do erro em didática da tradução: erro no processo ou erro no produto?”, da pós-graduanda Eliana Acevedo Zabala e da doutora Claudia Mejía Quijano, ambas da Universidade de Antioquia, Colômbia, enfoca as realidades de ensino de cursos de tradução da Colômbia e do Canadá, investigando se os professores corrigem as traduções de seus alunos com foco no produto (a tradução final) ou no processo (“O que aconteceu? O que fazia o tradutor? O que ele deixou de fazer?”). Entre outros resultados interessantes, as autoras destacam a importância, nas aulas de tradução, de se trabalhar desde o início o controle da interferência de um idioma no outro.
O artigo “A tradução de palavrões nas legendas de True Blood”, da Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET) da Universidade Federal de Santa Catarina, Julia Navegantes de Saboia Stephan, visa discutir a tradução das palavras de baixo calão presentes nos diálogos do seriado True Blood. Pautando-se na classificação de Mona Baker para estratégias tradutórias, a autora analisa as falas com palavrões e tabuísmos comparando as legendas originais àquelas apresentadas na versão brasileira de seu episódio piloto. Constata, corroborando uma tendência percebida em estudos semelhantes, que entre as estratégias prevalentes encontram-se a omissão e a neutralização.
Em “Dez epigramas sobre Narciso”, Daniel da Silva Moreira, doutorando da Faculdade de Letras da UFJF, nos apresenta uma seleção de poemas de origem variada mas com eixo temático e forma poética comuns: são epigramas (poemas compostos por dísticos, pares de verso com um hexâmetro e um pentâmetro) que tratam do mito de Narciso, tão rico e prolífico na antiguidade. Merece destaque o tratamento poético esmerado em português que o autor confere às suas traduções, trabalho ao mesmo tempo de pesquisador e poeta.
Por fim, na resenha intitulada “Elegias de Sexto Propércio: uma nova leitura em português”, Jessica Romanin Mattus, mestranda pela Unesp-Araraquara, traz sua apreciação da produção poético-tradutória de Guilherme Gontijo Flores, que verteu recentemente (2014) toda a obra elegíaca do poeta latino Propércio ao nosso português. Mas não só: a autora também trata brevemente dos pressupostos teóricos de que se vale o tradutor nessa empreitada, contrastando-os a outras teorias tradutórias modernas.
Descargas
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
1. Los autores y las autoras conservan los derechos de autor y le otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, que está bajo la licencia Creative Commons Attribution License 4.0 Internacional.
2. Los autores y las autoras pueden publicar y compartir el trabajo con reconocimiento de la publicación inicial en esta revista.
3. Los autores y las autoras de las obras aprobadas autorizan a la revista a asignar el contenido de sus obras, después de la publicación, para su reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
Para obtener más información sobre Creative Commons Attribution License 4.0 Internacional, acceda a: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.es
Exención editorial
El contenido de los artículos publicados es responsabilidad única y exclusiva de sus autores, y no representa la posición oficial de Rónai - Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios o de la Faculdade de Letras de la Universidad Federal de Juiz de Fora o instituciones asociadas.