Para onde caminha a tradução?
Palavras-chave:
tradução, mito de Babel, estrangeiro, identidade, estudos culturaisResumo
O artigo traz uma discussão sobre o rumo que têm tomado os estudos em tradução na perspectiva dos estudos culturais. Discute-se o mito de Babel sob a ótica desconstrutivista com vistas a ampliar o debate sobre o papel da tradução na construção da identidade do sujeito pós-moderno. A noção de Stuart Hall de que a pós-modernidade descentralizou não só o sujeito, mas a própria noção de identidade cultural serve de ponto de partida para essa análise. Discute-se ainda a noção de Lawrence Venuti de que a tradução seria um exercício ao mesmo tempo de domesticação e estranhamento, que define os limites em que a subjetividade é construída. Processo esse que se dá na medida em que novos elementos externos são introduzidos numa dita cultura local, seja por violência seja por assimilação. Nesse panorama, a língua é percebida como elemento de identificação cultural, sendo assim um espelho das transformações geradas pela presença estrangeira numa dada cultura.
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