Aprender a ensinar matemática nos cursos de Pedagogia das IES públicas do Paraná

Autores

  • Edilson de Araújo dos Santos Universidade de São Paulo (USP) https://orcid.org/0000-0001-5297-7823
  • Paula Tamyris Moya Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Silvia Pereira Gonzaga de Moraes Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Luciana Figueiredo Lacanallo Arrais Universidade Estadual de Maringá (UEM) https://orcid.org/0000-0001-5297-7823

DOI:

https://doi.org/10.34019/2594-4673.2021.v5.35014

Palavras-chave:

Curso de pedagogia, Formação inicial de professores, Ensino de Matemática, Programa Disciplinar

Resumo

Objetivamos neste artigo expor uma investigação realizada sobre os programas das disciplinas que envolvem o ensino de matemática nos cursos de Pedagogia, modalidade presencial das Instituições de Ensino Superior (IES) públicas do Paraná, a fim de identificar o que é proposto aos futuros professores. No que diz respeito aos aspectos metodológicos, nesta investigação, desenvolvemos uma pesquisa documental em 18 cursos de Pedagogia, totalizando 23 programas de disciplinas como fonte de investigação. Para caracterização dos documentos, análise e apreensão do objeto de estudo valemo-nos dos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural. Os resultados estão organizados em três categorias: a) O sujeito na organização do ensino: a Educação Infantil em foco; b) A forma de ensinar: O lúdico como possibilidade educativa na infância; e c) Os conteúdos matemáticos: o que deve aprender o pedagogo?

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Edilson de Araújo dos Santos, Universidade de São Paulo (USP)

Pedagogo e Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Doutorando em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu) da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, vinculada a Universidade de São Paulo (FFCLRP/USP). Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Ensino e Aprendizagem de Matemática na Infância (GEPEAMI/USP) e da Oficina Pedagógica de Matemática (OPM-UEM).

 

Paula Tamyris Moya, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Pedagoga, graduada pela Universidade Estadual de Maringá, doutora em Educação pela Universidade Estadual de Maringá, professora da Faculdade de Apucarana, PR.

Silvia Pereira Gonzaga de Moraes, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Professora do Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá. Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (2008). Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000). Graduada em Ciências pela Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jandaia do Sul (1986), com complementação em Matemática pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Mandaguari (1987). Graduada em Pedagogia pela Fundação Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Jandaia do Sul (1991). Professora da Educação Básica na rede pública de ensino do Paraná (1986-1996). Líder do Grupo de Pesquisa e Ensino "Trabalho Educativo e Escolarização" (GENTEE-UEM), membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Atividade Pedagógica (GEPAPe-USP). Atua no ensino, pesquisa e extensão com foco na formação de professores e organização do ensino de matemática. Os subtemas de maior concentração são: Desenvolvimento Humano e Educação Escolar.

Luciana Figueiredo Lacanallo Arrais, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Possui graduação em Pedagogia (1996), Mestrado (2005) e Doutorado (2011) em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Professora adjunta do Departamento de Teoria e Prática da Educação (DTP/UEM) na área de Prática de Ensino e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE/UEM), na linha de pesquisa: Ensino, Aprendizagem e Formação de Professores. Representante docente do conselho acadêmico do PPE/UEM. Membro do conselho municipal de educação de Maringá, PR.Membro da comissão de reestruturação de estágio da Universidade Estadual de Maringá. Coordenadora da Oficina Pedagógica de Matemática (OPM/UEM) que é uma das ações do Grupo de Pesquisa e Ensino Trabalho Educativo e Escolarização (GENTEE/UEM/CNPq). Coordenadora do PIBID projeto Pedagogia Núcleo: Alfabetização. Diretora Auxiliar do Colégio de Aplicação Pedagógica (CAP/UEM). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Avaliação da Aprendizagem; Formação de Professores; Organização do Ensino de Matemática; Metodologia do Ensino de Matemática; e Estágio Supervisionado.

 

Referências

ARAUJO, E. S. Atividade Orientadora de Ensino: princípios e práticas para organização do ensino de matemática. Revista Paranaense de Educação Matemática. v. 8. n. 15. p. 123-146. 2019. DOI: https://doi.org/10.33871/22385800.2019.8.15.123-146

ARAUJO, E. S. Da formação e do formar-se: a atividade de aprendizagem docente em uma escola pública. 2003. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.

ARAUJO, E. S.; MORAES, S. P. G. Dos princípios da pesquisa em educação como atividade. In: MOURA, M. O. (Org.). Educação Escolar e pesquisa na Teoria Histórico-Cultural. São Paulo: Edições Loyola. 2017. p. 47-70.

BRASIL, Lei nº. 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília. Ministério da Educação e do Desporto, 1996.

BRASIL, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: Ministério da Educação e Cultura/Secretária da Educação Fundamental, 1998, v.1.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 21 abr 2021.

BRASIL. Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 21 abr 2021.

BRASIL. Ministério de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Resolução CNE/CP 1/2006. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de maio de 2006, Seção 1, p. 11.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro03.pdf. Acesso em 21 abr 2021.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/diretrizescurriculares_2012.pdf. Acesso em 21 abr 2021.

CURI. E. A formação matemática de professores dos anos iniciais do ensino fundamental face às novas demandas brasileiras. Revista Ibero Americana de Educación. v. 37. n. 5. 2006.

CURI. E. Formação de Professores Polivalentes: uma análise de conhecimentos para ensinar Matemática e de crenças e atitudes que interferem na constituição desses conhecimentos. 278 f. Tese de Doutorado (Educação Matemática) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 2004.

DAVÍDOV, V. La ensenanza escolar y el desarrollo psíquico: investigación psicológica teórica y experimental. Moscou: Editorial Progresso, 1988.

DIAS, M. S.; MORETTI, V. D. Números e Operações: elementos lógico-históricos para a atividade de Ensino. Curitiba: Ibpex, 2011.

DOURADO, L. F. Formação de profissionais do magistégio na educação básica: novas diretrizes e perspectivas. Comunicação & Educação, v. 21, n. 1, p. 27-39, 2016. DOI: 10.11606/issn.2316-9125.v21i1p27-39. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/110712. Acesso em: 27 abr. 2021.

ELKONIN, D. B. Acerca del problema de la periodización del desarollo psíquico en la edad infantil. In: ILIASOV, I. I.; LIAUDIS, V. Ya. (Org.). Antología de la psicología pedagógica y de las edades. Havana: Editorial Pueblo y Educación, 1986. p. 34-41.

GATTI, B. A. et al. A atratividade da carreira docente no Brasil. Estudos & Pesquisas Educacionais, São Paulo, n. 1, p. 139-209. 2010.

KRAMER, S. O papel social da Educação Infantil. Textos do Brasil Ministério das Relações Exteriores, Brasília, p. 45-49. 2000.

KOPNIN, P. V. A dialética como lógica e teoria do conhecimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

LANER DE MOURA, A. R; MOURA, M. O. Matemática para educação infantil: conhecer (re) criar – um modo de lidar com as dimensões do mundo. Escola: Um espaço cultural, Diadema, v. 1, n. 1, p. 1-25, 1997.

LEONTIEV, A. Uma contribuição à teoria do desenvolvimento da psique infantil. In: VIGOTSKI, L. V.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. (Org.). Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 2006. p. 59-83.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez. 2006.

LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e Pedagogos, para quê? 12ªed. São Paulo: Cortez, 2010.

LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e Pedagogos: inquietações e buscas. Educar em Revista. v. 17, n. 17. p. 153-173. 2001.

LORENZATO, S. Laboratório de ensino de matemática e materiais didáticos manipuláveis. In: LORENZATO, S. (Org.). O laboratório de ensino de matemática na formação de professores. 3ª ed. Campinas: Autores Associados. 2012. p. 3-38.

MARTINS; L. M. LAVOURA, T. N. Materialismo histórico-dialético: contributos para a investigação em educação. Educar em Revista. v. 34. n. 71. 2018. p. 223-239.

MARTINS, L. M. O desenvolvimento do psiquismo e a educação escolar: contribuições à luz da psicologia histórico cultural e da pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2013.

MIORIM, M. A.; FIORENTINI, D. Uma reflexão sobre o uso de materiais concretos e jogos no Ensino da Matemática. Boletim da SBEM-SP, São Paulo, v. 4, n. 7, p. 5-10, 1990.

MOURA, M. O.; ARAUJO, E. S; SERRÃO, M.I.B. Atividade orientadora de ensino: fundamentos. Linhas Críticas, Brasília, DF, v.24, p. 411-430, 2018. DOI: https://doi.org/10.26512/lc.v24i0.19817.

MOURA, M. O. O Jogo e a construção do conhecimento matemático. Série Idéias, São Paulo, n. 10, p. 45-52, 1992.

MOURA, M. O.; SFORNI, M. S. F.; LOPES, A. R. L. V. A objetivação do ensino e o desenvolvimento do modo geral da aprendizagem da atividade pedagógica. In: MOURA, M. O. (Org.). Educação escolar e pesquisa na teoria histórico-cultural. São Paulo: Edições Loyola, 2017. p. 71-99.

PASQUALINI, J. C.; EIDT, N. M. Periodização do desenvolvimento psíquico e ações educativas. Bauru: Sistema Municipal de Ensino de Bauru; Secretaria Municipal de Educação; Proposta Pedagógica, 2016. p. 101-144. Disponível em: http://www.bauru.sp.gov.br/arquivos2/arquivos_site/sec_educacao/proposta_pedagogica_educacao_infantil.pdf. Acesso em: 5 nov. 2019.

SAVIANI, D. A pedagogia no Brasil: história e teoria. Campinas: Autores Associados, 2008.

SOUSA, M. C. O movimento lógico-histórico enquanto perspectiva didática para o ensino de matemática. Obutchénie: Revista de Didática e Psicologia Pedagógica, v. 1, n. 4, p. 40-68, 2018.

VYGOTSKI, L. S. Obras escogidas. Tomo IV. Tradução de Lydia Kuper. Madrid: Visor Distribuidores, 1996.

AUTOR, 2019.

Downloads

Publicado

2021-12-05

Como Citar

SANTOS, E. de A. dos; MOYA, P. T.; MORAES, S. P. G. de; LACANALLO ARRAIS, L. F. Aprender a ensinar matemática nos cursos de Pedagogia das IES públicas do Paraná. Revista de Investigação e Divulgação em Educação Matemática , [S. l.], v. 5, n. 1, 2021. DOI: 10.34019/2594-4673.2021.v5.35014. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/ridema/article/view/35014. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos