O mito da família desestruturada
problematizando imaginários atualizados sobre a causa da violência na escola
DOI:
https://doi.org/10.34019/1984-5499.2023.v25.29973Palabras clave:
Violência escolar, práticas discursivas, Imaginário socialResumen
Com o objetivo de compreender o fenômeno da violência escolar em suas dimensões discursivas e imaginárias, desenvolvemos entrevistas semiestruturadas com professores e gestores de uma escola da rede estadual de ensino de Belém-Pa, tomando a hermenêutica a partir da Mitocrítica durandiana como referência epistemológica de análise. A partir disto, observamos que uma das principais causas da violência na escola aparece sob o mito da “desestruturação” familiar, quer seja a que se expressa pela ausência de membros tradicionais e papéis sociais que “deveriam” desempenhar; pela ausência da família na escola; e/ou pela ausência de um sistema disciplinar rígido, o que seria responsável pela produção de alunos-jovens delinquentes e ou violentos. Um imaginário que buscamos problematizar, visto que está indissociado da condição de pobreza e do espaço da escola pública.
Descargas
Citas
BONI, Valdete; QUARESMA, Silvia Jurema. Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevistas em Ciências Sociais. Revista Eletrônica dos Pós-graduandos em Sociologia Política da UFSC, Florianópolis, v. 2, n. 1, p.68-80, jan. 2005. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/emtese/article/viewFile/%2018027/16976. Acesso em: 17 de março de 2020.
CECCARELLI, Paulo Roberto. Novas configurações familiares: mitos e verdades. J. psicanal., São Paulo, v. 40, n. 72, p. 89-102, Jun. 2007. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttextepid=S0103-58352007000100007elng=ptenrm=iso
Acesso em: 17 de março de 2020.
CRUZ, Priscila Aparecida Silva; FREITAS, Silvane Aparecida de. Disciplina, controle social e educação escolar: um breve estudo à luz do pensamento Michel Foucault. Revista LEVS. Marília, v. 7, p. 36-49, 2011. Disponível em: http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/levs/article/view/1674. Acesso em: 17 de março de 2020.
CORRÊA, Mariza. Notas para o estudo das formas de organização familiar no Brasil. Cadernos de Pesquisa. São Paulo, n. 37, p. 5-16, Mai.,1981. Disponível em: http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/1590/1580. Acesso em: 17 de março de 2020.
DIAS, Douglas da Cunha. As águas relendo uma Belém da belle époque (1870 aos anos iniciais de 1910). Urbana - Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos da Cidade. [S.l], v. 8, p. 233-253, Mai./Ago., 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8642975. Acesso em: 17 de março de 2020.
DURAND, Gilbert. Sobre a exploração do imaginário, seu vocabulário, métodos e aplicações transdisciplinares: mito, mitanálise e mito crítica. Revista da Faculdade de Educação, [S.l.], v. 11, n. 1-2, p. 244-256, Dez., 1985. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rfe/article/view/33348>. Acesso em: 24 Jan. 2018.
_____. A Imaginação Simbólica. Lisboa : Edições 70, 1993.
_____. As estruturas antropológicas do imaginário. São paulo : Martins Fontes, 1997.
_____. O Imaginário: ensaio acerca das ciências e da filosofia da imagem. 4ª. Rio de Janeiro : Difel, 2010.
FERNANDES, Priscila Dantas; OLIVEIRA, Kécia Karine S. de. Movimento higienista e o atendimento à criança. In: I simpósio regional vozes alternativas: uma discussão sobre poder, identidade, educação, patrimônio, cultura e? Excluídos? 2012, Aracajú. Anais do I Simpósio Regional vozes alternativas: uma discussão sobre poder, identidade, educação, patrimônio, cultura e? excluídos? Aracajú: 2012.
GOLDANI, Ana Maria. As famílias no Brasil contemporâneo e o mito da desestruturaçao. Cadernos Pagu. Campinas, SP, n. 1, p. 68-110, jan. 2005. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1681/1664>. Acesso em: 17 de março de 2020.
LEGROS, Patrick, et. al.. Sociologia do Imaginário. Porto Alegre: Sulina, 2007.
MISSE, Michel. Violência e teoria social. DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social. V.9, n.1, p. 45-63, Jan./Abr., 2016. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/dilemas/article/view/7672/6183. Acesso em: 17 de março de 2020.
MOURA JR, James Ferreira; XIMENES, Verônica Morais. A identidade social estigmatizada de pobre: uma constituição opressora. Fractal, Rev. Psicol., Rio de Janeiro, v. 28, n. 1, p. 76-83, abr. 2016. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-02922016000100076&lng=pt&nrm=iso . Acesso em: 17 de março de 2020.
POLÔNIA, Ana da Costa; DESSEN, Maria Auxiliadora. Em busca de uma compreensão das relações entre família e escola. Psicologia Escolar e Educacional. Campinas, v. 9, n. 2, p. 303-312, Dez., 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttextepid=S1413-85572005000200012elng=enenrm=iso . Acesso em: 17 de março de 2020.
SILVA, Milena Leite; POLLI, Rodrigo Gabbi; SOBROSA, Gênesis Marimar Rodrigues; ARPINI, Dorian Mônica; DIAS, Ana Cristina Garcia Dias. Da normatização à compreensão: caminhos construídos para a intervenção familiar. Mudanças – Psicologia da Saúde. [S.l], v.20, n.1-2, p.13-21, Jan./Dez., 2012. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/MUD/article/view/3154/3056. Acesso em: 17 de março de 2020.
ZALUAR, Alba. Juventude violenta: processos, retrocessos e novos percursos. Dados. Rio de Janeiro, v. 55, n. 2, p. 327-365, 2012. disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttextepid=S0011-52582012000200003elng=enenrm=iso . Acesso em: 17 de março de 2020.
ZALUAR, Alba; LEAL, Maria Cristina. Violência extra e intramuros. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo, v. 16, n. 45, p. 145-164, Fev. 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttextepid=S0102-69092001000100008elng=enenrm=iso . Acesso em: 17 de março de 2020.