Políticas afirmativas na educação superior e a permanência material e simbólica de negros e indígenas em duas instituições federais de ensino
DOI:
https://doi.org/10.34019/1984-5499.2025.v27.50037Palavras-chave:
Políticas afirmativas, Educação Superior, Permanência Material e SimbólicaResumo
A Lei de Cotas (nº 12.711, de 29 de agosto de 2012), representou um marco para as políticas afirmativas nas instituições federais de ensino. A Lei instituiu a reserva de vagas em instituição federal de ensino superior para autodeclarados pretos, pardos e indígenas em proporção no mínimo igual à da população de pretos, pardos e indígenas da unidade da Federação onde está instalada a instituição. Este artigo analisa os impactos dessa política no acesso e na permanência de acadêmicos negros e indígenas em duas universidades federais brasileiras, a partir de pesquisa realizada no estágio de pós-doutorado. Como procedimento metodológico, recorremos à revisão bibliográfica e documental e aplicação de questionário. Em ambas as universidades, identificamos formas de ingresso baseadas na determinação do texto legal e os desafios para a permanência material e simbólica.
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