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Considerações sobre infância e territórios de brincar em tempos pandêmicos em um condomínio no subúrbio do Rio de Janeiro

Autores

  • Tânia de Vasconcellos Universidade Federal Fluminense/UFF

DOI:

https://doi.org/10.34019/1984-5499.2022.v24.37427

Palavras-chave:

Infância. Territórios de Brincar. Tempos pandêmicos

Resumo

Os playgrounds de condomínios residenciais costumam ser espaços pensados para uso prioritário do coletivo de crianças. Ainda que apresentem uma intencionalidade na disposição de seus equipamentos, são as crianças que na ocupação e uso destes espaços os reconfiguram segundo seus desejos, edificando seus territórios de brincar. A pandemia provocada pelo Covid19 tornou todos esses espaços inacessíveis. Durante quase dois anos as crianças e adultos estiveram confinados em seus apartamentos. Recentemente o distanciamento social tem sido abrandado e tais espaços voltam a ser ocupados. A inserção do pesquisador nesse universo permitiu a observação do fenômeno e a partir da tradição de pesquisa do Núcleo de Estudos de Infância e Cultura o presente trabalho se propõe tecer considerações sobre esse processo.

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Biografia do Autor

Tânia de Vasconcellos, Universidade Federal Fluminense/UFF

Pedagoga formada pela UERJ, Mestre em Educação pela PUC-Rio e Doutora em Educação pela UFF. Na Universidade Federal Fluminense é professora da Faculdade de Educação lotada no Departamento de Sociedade, Conhecimento e Educação atuando na área de Educação Infantil. No Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE está vinculada ao campo de confluência "Linguagem, Cultura e Processos Formativos". Dedica-se à pesquisa das relações entre Infância e Cultura, particularmente quanto a produção da infância e a produção do lugar; quanto ao jogo, brinquedo e brincadeira na perspectiva do patrimônio e quanto ao diálogo entre a infância e a filosofia.

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Publicado

2022-07-29