"E a vida? E a vidao que é diga lá meu irmão": os currículos realizados/inventados no cotidiano escolar
Resumo
O presente trabalho é fruto das reflexões realizadas durante a minha pesquisa de mestrado, que me levaram
a mergulhar no cotidiano escolar (re)visitando as práticas cotidianas materializadas nos currículos realizados/
inventados (FERRAÇO, 2004) em sua relação com a(s) identidade(s) e diferença(s) dos sujeitos. A escola é
representada aqui com suas incertezas e movimentos caóticos, entendendo que somos ao mesmo tempo caça e
caçador de nós mesmos e de nossas práticas pedagógicas. Fizeram-se necessários desbravamentos teóricopráticos
preliminares para melhor compreensão do espaçotempo escolar, e que nos revelaram a importância da imersão
na realidade. Sendo assim, a pesquisa com o cotidiano (ALVES, 2001) de base epistemológica da complexidade
(MORIN, 2007) muito nos ajudou a compreender esses movimentos vividos/sentidos. Ao literaturizar a
ciência (ALVES, 2001) e romper com a lógica cartesiana de pensamento determinista e fechado permitimonos
a escuta das vozes de quem realiza/pratica/inventa o cotidiano escolar. Assim, os sujeitos que praticam
(CERTEAU, 1994) o cotidiano escolar foram as peças fundamentais de toda essa viagem, na medida em que
as individualidadescoletividades e diferença(s) compõe essa viagem nos (entre)muros escolares consagrando a
formação dos sujeitos encarnados (NAJMONOVICH, 2001) através de um processo de emancipação social.