Do mito da monstruosidade ao olhar para a diversidade: a infância da criança com deficiência em contexto
Resumo
O presente artigo é um esforço de análise histórica e sociológica acerca dos mitos, superstições e desconhecimento da sabedoria popular em relação aos modos de agir e viver das pessoas com deficiência. Apesar da abrangência, deteremo-nos à fase da infância, que nada mais é do que a infância geral; porém, ao se tratar das crianças com deficiência, veem-se logo as marcas visíveis e os estereótipos construídos socialmente. As práticas de exclusão e demonstrações públicas empreendidas socialmente com os considerados anormais foram largamente utilizadas, e a consequência disso foi o processo de apagamento histórico, além das associações funestas a esses indivíduos. O paradigma da inclusão, entendido como a interação entre todos os indivíduos e voltado para diversidade existente, é formulado a partir dos conceitos construídos por alguns teóricos; em destaque temos Vygotsky, que, com suas pesquisas, verificou a interferência do histórico-social, mais que o biológico, no desenvolvimento dos indivíduos com deficiência. Além disso, o temos como base para análise da dinâmica social, em busca da vocação ontológica dos sujeitos. Sendo assim, a movimentação social pela valorização da infância e sua diversidade tem dado seus primeiros passos contra o apagamento e a favor do todo-humano. Antes de olhar para a deficiência em si, é necessário voltar nossas reflexões para a criança em contexto.Downloads
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