Formação das sociedades angolana e brasileira: dominação e resistências dos povos originários
DOI:
https://doi.org/10.34019/1980-8518.2025.v25.47754Palavras-chave:
Povos originários, Mulheres, Resistência cultural, Educação, IdentidadeResumo
O presente artigo evidencia as contribuições dos povos originários na formação das sociedades angolana e brasileira, com foco na educação, cultura e identidade, destacando o papel das mulheres na resistência e preservação cultural. Trata-se de um estudo de natureza conceitual, com base na produção da literatura especializada. A análise revela que, no decorrer da história, embora a colonização tenha tentado apagar a herança cultural, os povos originários resistiram, preservando sua língua, cosmologias, saberes e identidades, o que impactou profundamente a educação, cultura e identidade de Angola e do Brasil. Nesse processo, as mulheres desempenharam um papel central, sendo responsáveis pela transmissão de conhecimentos por meio da educação oral, pela preservação de valores tradicionais e pela luta pela autonomia e direitos territoriais, tornando-se protagonistas na resistência e ressignificação cultural. Portanto, o estudo destaca a importância das práticas culturais na construção das identidades nacionais e a necessidade de políticas públicas que garantam os direitos territoriais e culturais desses povos.
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