A literatura em tempos sombrios: ética, estética e política em Desonra, de J. M. Coetzee

Autores

  • Cláudia Luíza Caimi
  • Rejane Pivetta de Oliveira

Palavras-chave:

ética, estética, política, participação

Resumo

Neste artigo propomo-nos a pensar a ficção de J. M. Coetzee nos termos de uma ação ética e estética que responde a um presente insatisfatório e “sombrio”, escapando a promessas e soluções conservadoras, para expor o grande incômodo instalado no cerne das relações humanas e sociais. O fio condutor de nossas indagações é Desonra, romance que põe em cena a trajetória de humilhação sofrida por seu protagonista, numa espiral crescente de violência física e moral, no contexto das feridas abertas pela exploração colonial e as políticas de segregação racial que marcam a história sul-africana. Para desenvolver o tema, atentamos à relação entre ética e estética no pensamento de Mikhail Bakhtin e Jacques Rancière, enfocando no romance o impasse entre a escolha responsável e inapelável do sujeito ético e as prerrogativas da lei, que instituem uma ética formal.

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Biografia do Autor

Cláudia Luíza Caimi

Doutora em Teoria da Literatura; professora do Departamento de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. e-mail: claudialuizacaimi@yahoo.com.br.

Rejane Pivetta de Oliveira

Doutora em Teoria da Literatura; professora do Programa de Pós-Graduação em Letras UniRitter, POA. e-mail: pivetta.rejane@gmail.com.

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Publicado

2015-12-26