Mas no Brasil não é tudo misturado?: encenação e relações de poder em A tradutora, de Cristovão Tezza

Autores

  • Ivete Lara Camargos Walty
  • Vinícius Lourenço Linhares

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-0836.2017.v21.19442

Palavras-chave:

encenação, enunciação, preconceitos, sociedade brasileira

Resumo

Neste artigo, nosso intuito é investigar como a forma de escrita embaralhada/estilhaçada por meio da qual se constrói o enquadramento enunciativo do romance A Tradutora, de Cristovão Tezza, é uma forma que (re)vela e embaralha relações de poder (BOURDIEU, 1989; FOUCAULT, 2010; LEBRUN, 1981) entre os sujeitos textuais encenados no/pelo romance. Relações estas permeadas por preconceitos de raça/cor, credo e classe. Para tanto, promoveremos uma leitura analítico-interpretativa do romance, observando seu processo de encenação enunciativa (BENVENISTE, 1989; BAKHTIN, 2009; ISER, 1996; 2002), em diálogo com algumas considerações de Contardo Calligaris (1991), Marilena Chauí (2001) e Jessé Souza (2014, 2017) acerca da formação da sociedade brasileira.

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Biografia do Autor

Ivete Lara Camargos Walty

Doutora em teoria literária e literatura comparada e professora da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Belo Horizonte, MG, Brasil.

Vinícius Lourenço Linhares

Doutorando em Literaturas de Língua Portuguesa pela PUC Minas, orientando da professora Dra. Ivete Lara Camargos Walty. Professor do IFMG-Congonhas.

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Publicado

2017-12-15