A aporia da literatura

Autores

  • Raul Antelo

Palavras-chave:

modernismo, "informe", dissidência

Resumo

A poesia de Carlos Drummond de Andrade, como um modernismo periférico canônico, mostra ocasionaImente que o conhecimento infinito pressuposto, a realidade e a cultura coincidiriam infinitamente. Um poema como “Áporo” não pode mais ser lido como uma representação do popular como uma totalidade sem divisão. Ele deve ser visto, ao contrário, como um exemplo da fratura da biopolítica dominante na sociedade moderna, ou seja, da diferença entre o popular e aquilo que permanece fora dele, o “informe”. Recusando o patetismo nacional-popular, o Autor não considera o poema uma forma e sim uma força, o que implica na leitura do poema entre outras forças “informes” no modernismo brasileiro, assim como na discussão da formulação identitária, subjetivante, sentimental e estatal do aparato poético utilizado pela crítica para classificar o poema de Drummond.

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Biografia do Autor

Raul Antelo

Professor na Universidade Federal de Santa Catarina

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Publicado

2003-06-16

Edição

Seção

Artigos