A aporia da literatura
Palavras-chave:
modernismo, "informe", dissidênciaResumo
A poesia de Carlos Drummond de Andrade, como um modernismo periférico canônico, mostra ocasionaImente que o conhecimento infinito pressuposto, a realidade e a cultura coincidiriam infinitamente. Um poema como “Áporo” não pode mais ser lido como uma representação do popular como uma totalidade sem divisão. Ele deve ser visto, ao contrário, como um exemplo da fratura da biopolítica dominante na sociedade moderna, ou seja, da diferença entre o popular e aquilo que permanece fora dele, o “informe”. Recusando o patetismo nacional-popular, o Autor não considera o poema uma forma e sim uma força, o que implica na leitura do poema entre outras forças “informes” no modernismo brasileiro, assim como na discussão da formulação identitária, subjetivante, sentimental e estatal do aparato poético utilizado pela crítica para classificar o poema de Drummond.