Nível de conhecimento sobre suporte básico de vida dos estudantes de odontologia

Autores

  • Ana Clara Miranda Campos Departamento de Clínica Odontológica, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais
  • Neuza Maria Souza Picorelli Assis Departamento de Clínica Odontológica, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais
  • Isabel Cristina Gonçalves Leite Departamento de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais
  • Breno Nogueira Silva Departamento de Clínica Odontológica, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais
  • Matheus Furtado de Carvalho Departamento de Clínica Odontológica, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2019.v45.26684

Palavras-chave:

Emergências, Reanimação Cardiopulmonar, Estudantes de Odontologia

Resumo

Introdução: As doenças cardiovasculares são responsáveis por vinte por cento das mortes na população acima de trinta anos de idade e correspondem a um grave problema da saúde pública no Brasil.Dessas doenças a parada cardiorrespiratóriaé o quadro emergencial predominante. Nesse contexto, destaca-se a importância do conhecimento sobre as manobras de suporte básico de vida e manutenção da vida do paciente até a chegada de uma equipe de suporte avançado. Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento dos estudantes de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora quanto aosuporte básico de vida. Material e métodos: Questionáriocontendo questões de múltipla escolha,aplicado a 126 alunos, abordando as condutas para o suporte básico de vida de acordo com as diretrizes atuais da American Heart Association. Para avaliar o nível de conhecimentoforam utilizadas duas categorias com base no percentual individual de acertos das questões: nível de conhecimento satisfatório (acertos ≥51%) e nível de conhecimento insatisfatório (acertos ≤50%). Resultados: 104 (82,5%) estudantes acertaram até 50% do questionário. 100 estudantes (79,4%) responderam não ter recebido treinamento prático para o suporte básico de vida, enquanto que 26 (20,6%) afirmaram ter recebido algum treinamento, embora sem certificação pela American Heart Association.Quanto à capacitação teórica, 77(61,1%) estudantes afirmaram ter recebido alguma orientação durante a graduação. Ao comparar os resultados entre os alunos do 1º, 6º e 10º período, observa-se uma evolução do conhecimento apenas entre o 1º e o 6º período, não havendo melhoria significante no aprendizado entre o 6º e 10º período. Conclusão: Os estudantes de Odontologia do campus sede daUniversidade Federal de Juiz de Fora apresentam nível de conhecimento insatisfatório sobre a atuação no suporte básico de vida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.Projeção da População 2018: número de habitantes do país deve parar de crescer em 2047 [acesso em 04 Jan 2019]. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21837-projecao-da-populacao-2018-numero-de-habitantes-do-pais-deve-parar-de-crescer-em-2047.

- Almeida ND. Saúde no Brasil, impasses e desafios enfrentados pelo Sistema Único de Saúde: SUS. Rev. Psicol. Saúde. 2013; 5(1):1-9.

-Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde - DATASUS [acesso em 06 de junho de 2019]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/evitb10uf.def

- Medeiros TLF, Andrade PCNS, Davim RMB, Santos NMG. Mortalidade por infarto agudo do miocárdio. Rev. enferm. UFPE on line. 2018;12(2):565-7.

- Nacer DT, Barbieri AR. Sobrevivência a parada cardiorrespiratória intra-hospitalar: revisão integrativa da literatura. Rev. eletrônica enferm. 2015; 17(3):1-8.

- Pergola AM, Araujo IEM. O leigo e o suporte básico de vida. Rev. Esc. Enferm. USP. 2009;43(2):335-342.

- Neves LMT, da Silva MSV, Carneiro SR, Aquino VS, Reis HJL.Conhecimento de fisioterapeutas sobre a atuação em suporte básico de vida. Fisioter. Pesqui. (Online). 2010; 17(1):69-74.

- Silva DV, de Jesus APS, de Lima AA, Santos MAS, Alves SL.Conhecimento de graduandos em enfermagem sobre suporte básico de vida. Rev. baiana enferm. 2015; 29(2):125-134.

- Moura FS, Carvalho FV, Martins MCC, Vasconcelos GM, Mello PMVC. Knowledge of guidelines for cardiopulmonary resuscitation among brazilian medical students. Rev. bras. educ. méd. 2016; 40(1):77-85.

- Lúcio PSC, Barreto RC. Emergências médicas no consultório odontológico e a (in) segurança dos profissionais. Rev. bras. ciênc. saúde. 2012; 16(2):267-272.

- Queiroga TB, Gomes RC, Novaes MM, Marques JLS, Santos KSA, Grempel RG. Situações de emergências médicas em consultório odontológico. Avaliação das tomada de decisões. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. 2012; 12(1):115-122.

- Hanna LMO, Alcântara HSC, Damasceno JM, Santos MTBR. Conhecimento dos cirurgiões dentistas diante urgência/emergência médica. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. 2014; 14(2):79-86.

- Pimentel ACSB, Cappai A, Junior JRF, Grossmann SMC, Magalhães SR. Emergências em odontologia: revisão de literatura. Rer. inici. cient. da universi. Vale do Rio Verde. 2014; 4(1):105-113.

- Pandey V, Singh R, Sushma KN, Kumar A,Ranjan R, Singh A. Evaluation of preparedness at dental clinics for medical emergency: a survey. Int. j. med. res. prof. 2016; 2(2):119-122.

- Shojaeipour HA, Ebrahimpour A, Atafar R, Pashmaki M, Moqarabzadeh V, Pouzesh A, et.al. Dentists' preparedness and knowledge of medical emergencies in dental offices in Yasuj City in 2016. Pharm. Lett. 2017; 9(2):131-141.

- Carvalho RM, Costa LR, Marcelo VC. Brazilian dental students’ perceptions about medical emergencies: a qualitative exploratory study. J. dent. educ. 2008; 72(11):1343-1349.

- Caputo IGC, Bazzo GJ, da Silva RHA, Júnior ED. Vidas em risco: emergências médicas em consultório odontológico. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. 2010; 10(3):51-58.

- Colet D, Griza GL, Fleig CN, Conci RA, Sinegalia AC. Acadêmicos e profissionais da odontologia estão preparados para salvar vidas? RFO UPF. 2011; 16(1):25-29.

- Al‑Shamiri HM, Al‑Maweri SA, Shugaa‑Addin B, Alaizari NA, Hunaish A. Awareness of basic life support among Saudi dental students and interns. Eur. j. dent. 2017; 11(4):521-525.

- Alhamad M, Alnahwi T, Alshaveb H, Alzayer A, Aldawood O, Almarzouq A, et al. Medical emergencies encountered in dental clinics: a study from the eastern province of Saudi Arabia. J. Family Community Med. 2015; 22(3): 175-9.

- Laurent F, Augustin P, Nabet C, Ackers S, Zamaroczy D, Maman L. Managing a Cardiac Arrest: Evaluation of final-year predoctoral dental students. J. dent. educ. 2009; 73(2):211-217.

-Setor de Ciências da Saúde. American Heart Association: destaques das diretrizes da American Heart Association para RCP e ACE [acesso em 19 Mai2018]. Disponível em: http://www.saude.ufpr.br/portal/labsim/wp-content/uploads/sites/23/2016/07/1.-BLS-Revisao.pdf

- Gonzalez MM, Timerman S, Gianotto-Oliveira R, Polastri TF, Canesin MF, Schimidt A, et al. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq. bras. cardiol. 2013; 100(2):105-113.

- Vancini-Campanharo CR, Vancini RL, Lira CAB, Lopes MCBT, Okuno MFP, Batista REA, et al. One-year follow-up of neurological status of patients after cardiac arrest seen at the emergency room of a teaching hospital. Einstein (São Paulo). 2015; 13(2):183–188.

-Senado Federal. Substitutivo da Câmara dos Deputados n° 23, de 2015, ao PLS nº 344, de 2003: dispõe sobre a obrigatoriedade de equipar com desfibriladores cardíacos os locais e os veículos que especifica [acesso em 05 Jan 2019]. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/124290

- Arsati F, Montalli VA, Flório FM, Ramacciato JC, da Cunha FL, Cecanho R, et al. Brazilian dentists’ attitudes about medical emergencies during dental treatment. J. dent. educ. 2010; 74(6):661-666.

- Jodali PS, Ankola AV. Evaluation of knowledge, experience and perceptions about medical emergencies among dental graduates (Interns) of Belgaum City, India. J. Clin. Exp. Dent. 2012; 4(1):e14-18.

-Gehlen EP, Cé LC. Emergências médicas na prática odontológica. J. Oral Investig. 2014; 3(1):28-32.

- Fabris V, Junqueira JLC, Silva MBF, Mallmann F, Oliveira GR, Lucas A. Avaliação do conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre suporte básico de vida frente a emergências médicas em odontologia. J. Oral Investig. 2015; 4(2):50-56.

- KumarswamiS, Tiwari A, Parmar M, Shukla M, Bhatt A, Patel M. Evaluation of preparedness for medical emergencies at dental offices: a survey. J. Int. Soc. Prev. Community Dent. 2015; 5(1):47-51.

- Haese RDP, Cançado RP. Urgências e emergências médicas em odontologia: avaliação dacapacitação e estrutura dos consultórios de cirurgiões-dentistas. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac.2016; 16(3):31-39.

- Albelaihi HF, Alweneen AI, Ettish A, Alshahrani FA. Knowledge, attitude, and perceived confidence in the management of medical emergencies in the dental office: a survey among the dental students and interns. J. Int. Soc. Prev. Community Dent. 2017; 7(6):364-369.

- Nogami K, Taniguchi S, Ichiyama T. Rapid deterioration of basic life support skills in dentists with basic life support healthcare provider. J. Am. Dent. Soc. Anesthesiol.2016; 63(2):62-66.

Arquivos adicionais

Publicado

2019-11-07

Como Citar

1.
Miranda Campos AC, Souza Picorelli Assis NM, Gonçalves Leite IC, Nogueira Silva B, de Carvalho MF. Nível de conhecimento sobre suporte básico de vida dos estudantes de odontologia. HU Rev [Internet]. 7º de novembro de 2019 [citado 22º de novembro de 2024];45(2):170-6. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/26684

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>