Fluxos assistenciais de pacientes renais crônicos em terapia hemodialítica nas regiões de saúde do estado de Minas Gerais

Autores

  • Cláudio Vitorino Pereira Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Isabel Cristina Gonçalves Leite Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Patrick Vieira Dias Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais
  • Betânia Nogueira da Silva Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Gustavo Fernandes Ferreira Hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2022.v48.37613

Palavras-chave:

Diálise Renal, Insuficiência Renal Crônica, Regionalização da Saúde, Mapeamento Geográfico

Resumo

Introdução: O crescente número de pacientes que necessitam de terapia renal substitutiva impacta o Sistema Único de Saúde. A complexidade do tratamento hemodialítico requer cuidados especializados. Objetivo: Analisar o fluxo assistencial de pacientes em terapia hemodialítica a partir da distribuição geográfica estabelecida no Plano Diretor de Regionalização do estado de Minas Gerais. Método: Estudo descritivo de mapeamento dos fluxos assistenciais de paciente em terapia hemodialitíca no estado de Minas Gerais. Resultados: As macrorregiões Nordeste e Jequitinhonha possuem as maiores necessidades de deslocamento médio até as clínicas dialíticas com 60,67 km e 50,29 km, respectivamente. Em relação ao fluxo de pacientes entre as macrorregiões para realização de hemodiálise, Jequitinhonha e Nordeste obtiveram maior percentual de escape com 4,43% e 3,35%, respectivamente. Conclusão: Garantir o acesso a terapia próximo à residência é de fundamental importância para minimizar os impactos psicossociais, físicos e econômicos e ainda melhorar aspectos relacionados à qualidade de vida, pois possibilitará menor tempo gasto exclusivamente com tratamento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Silva GB, Oliveira JGR, Oliveira MRB, Vieira LJES, Dias ER. Global costs attributed to chronic kidney disease: a systematic review. Rev Assoc Med Bras. 2018; 64(12):1108-16. doi: 10.1590/1806-9282.64.12.1108

Elshahat S, Cockwell P, Maxwell AP, Griffin M, O´Brien T, O´Neill C. The impact of chronic kidney disease on developed countries from a health economics perspective: a systematic scoping review. PLoS One. 2020; 15(3):e0230512. doi: 10.1371/journal.pone.0230512.

Gorham G, Howard K, Cunningham J, Barzi F, Lawton P, Cass A. Do remote dialysis services really cost more? An economic analysis of hospital and dialysis modality costs associated with dialysis services in urban, rural and remote settings. BMC Health Services Research. 2021; 21(1):1-14. doi: 10.1186/s12913-021-06612-z.

Sociedade Brasileira de Nefrologia (BR). Censo de diálise 2019. São Paulo: SBN; 2019.

Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Renal. [citado em 2022 jan 03]. Brasília: Ministério da Saúde; 2004. Acesso em: https://bvsms.saude.gov.br/.

Ministério da Saúde (BR). Agenda nacional de prioridades de pesquisa em saúde. [citado em 2022 jan 05]. Brasília: 2011. Acesso em: https://bvsms.saude.gov.br/.

Ministério da Saúde (BR). Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. [citado em 2022 jan 13]. Brasília: 2013. Acesso em: https://bvsms.saude.gov.br/.

Ministério da Saúde (BR). Portaria n° 389, de 13 de março de 2014. [citado em 2022 fev 02]. Brasília: 2014. Acesso em: https://bvsms.saude.gov.br/.

Kelly C, Hulme C, Farragher T, Clarke G. Are diferences in travel time or distance to healthcare for adults in global north counstries associated with an impact on health outcomes? A systematic review. BMJ Open. 2016; 6(11):e013059. doi: 10.1136/bmjopen-2016-013059.

Ministério da Saúde (BR). Portaria n° 1.559, de 1º de agosto de 2008. [citado em 2022 fev 11]. Brasília: 2008. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/.

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (BR). Plano Diretor de Regionalização da Saúde de Minas Gerais. [citado em 2022 fev 17]. Belo Horizonte: 2020. Acesso em: https://www.saude.mg.gov.br/.

Souza MT, Nogueira MC, Campos EMS. Fluxos assistenciais de médios e grandes queimados nas regiões e redes de atenção à saúde de Minas Gerais. Cad Saúde Coletiva. 2018; 26(3):327-35. doi: 10.1590/1414-462X201800030248.

Cruz MRF, Salimena AM, Souza IE, Melo MCSC. O cotidiano da pessoa à espera do transplante renal. Rev Rene. 2016; 17(2):250-9. doi: 10.15253/2175-6783.2016000200013.

Ishiwatari A, Yamamoto S, Fukuma S, Hasegawa T, Wakai S, Nangaku M. Changes in quality of life in older hemodialysis patients: a cohort study on dialysis outcomes and practice patterns. Am J Nephrol. 2020; 51(8):650-8. doi: 10.1159/000509309.

Pereira CV, Leite ICG. Qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes em terapêutica hemodialítica. Acta Paul Enferm. 2019; 32(3):267-74. doi: 10.1590/1982-0194201900037.

Pereira NJ, De Souza KR. Pobreza no estado de Minas Gerais: uma análise da Região Norte. Revista Iniciat Econ. 2018; 4(2):1-26.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BR). Produto interno bruto (PIB) segundo Macrorregião de Saúde. [citado em 2022 fev 21]. 2013. Acesso em: http://tabnet.datasus.gov.br/.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BR). Taxa de analfabetismo segundo Macrorregião de Saúde. [citado em 2022 mar 26]. 2010. Acesso em: http://tabnet.datasus.gov.br/.

Pereira E, Santos MA, Carvalho M. Route of chronic kidney patients foreigners in the search for health care in a border area. Rev Bras Enferm. 2021; 74(1):e20200752. doi: 10.1590/0034-7167-2020-0752.

Ministério da Saúde (BR). Portaria n° 55, de 24 de fevereiro de 1999. [citado em 2022 mar 26]. Brasília: 1999. Acesso em: https://bvsms.saude.gov.br/

Hassan HIC, Chen JH, Murali K. Incidence and factors associated with geographical relocation in patients receiving renal replacement therapy. BMC Nephrol. 2020; 21(1):1-8. doi: 10.1186/s12882-020-01887-6.

Fotheringham J, Smith MT, Froissart M, Kronenberg F, Stenvinkel P, Floege J et al. Hospitalization and mortality following non-attendance for hemodialysis according to dialysis day of the week: a European cohort study. BMC Nephrol. 2020; 21(1):1-10. doi: 10.1186/s12882-020-01874-x.

Pereira E, Chemin J, Menegatti CL, Riella MC. Choice of dialysis modality-clinical and psychosocial variables related to treatment. J Bras Nefrol. 2016; 38(2):215-24. doi: 10.5935/0101-2800.20160031.

Silva GM, Gomes IC, Machado EL, Rocha FH, Andrade EIG, Acurcio F et al. Uma avaliação da satisfação de pacientes em hemodiálise crônica com o tratamento em serviços de diálise no Brasil. Physis. 2011; 21(2):581-600. doi: 10.1590/S0103-73312011000200013.

Gouveia DS, Bignelli AT, Hokazono SR, Danucalov I, Siemens TA, Meyer F et al. Analysis of economic impact between the modality of renal replacement therapy. J Bras Nefrol. 2017; 39(2):162-71. doi: 10.5935/0101-2800.20170019.

Neves PDM, Sesso R, Thomé FS, Lugon JR, Nascimento MM. Inquérito brasileiro de diálise 2019. Braz J Nephrol. 2021; 43(2):217-27. doi: 10.1590/2175-8239-JBN-2020-0161.

Downloads

Publicado

2022-08-25

Como Citar

1.
Vitorino Pereira C, Gonçalves Leite IC, Vieira Dias P, Nogueira da Silva B, Fernandes Ferreira G. Fluxos assistenciais de pacientes renais crônicos em terapia hemodialítica nas regiões de saúde do estado de Minas Gerais. HU Rev [Internet]. 25º de agosto de 2022 [citado 2º de novembro de 2024];48:1-7. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/37613

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)