Análise morfométrica maxilar aplicada a osteotomia Le Fort I

Autores

  • Lívia Maria Vidigal Quintão Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0002-3240-2747
  • Talita Portela Pereira
  • Isabel Cristina Gonçalves Leite
  • Eduardo Stehling Urbano Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2019.v45.13888

Palavras-chave:

Maxila, Cirurgia Ortognática, Osteotomia

Resumo

Introdução: A osteotomia Le Fort I é uma técnica cirúrgica utilizada para a correção de deformidades dentofaciais e para que ocorra a mobilização da maxila é necessária a disjunção da sutura pterigomaxilar. Durante esse procedimento, complicações podem ocorrer, como hemorragia resultante da injúria da artéria maxilar interna ou de seus ramos terminais, na qual a artéria palatina descendente é mais comum de ser lesionada. Objetivo: O objetivo deste estudo foi contribuir para o estabelecimento de parâmetros cirúrgicos seguros para realizar osteotomia le fort I com disjunção pterigomaxilar, por meio da obtenção de medidas das regiões maxilar e pterigomaxilar. Material e métodos: Foram selecionados quarenta crânios secos dos sexos masculino e feminino do Departamento de Anatomia de uma instituição pública e realizadas as medidas pelo método de inspeção direta com o uso de um paquímetro digital Mitutoyo® e um compasso Staedtler®. Foram medidas a altura e espessura da junção pterigomaxilar (JPM), a distância da sutura pterigomaxilar até o pilar zigomático, a distância desde o ponto mais inferior da sutura pterigomaxilar até a fissura orbital inferior (FOI), a extensão da parede lateral da cavidade nasal até o canal palatino descendente e o comprimento do septo nasal, bilateralmente. Para análise estatística dos resultados, utilizou-se o teste t para amostras independentes, com nível de significância de 5%. Resultados: Observou-se que para o lado direito, as médias das respectivas medidas foram de 14,88mm, 9,17mm, 27,60mm, 34,47mm e 36,86; e o lado esquerdo, as médias foram, respectivamente, 15,18mm, 9,08mm, 26,50mm, 34,70mm e 36,02mm. O valor médio do comprimento do septo nasal foi de 49,10mm. Conclusão: com base nos valores obtidos é possível estabelecer parâmetros operatórios para a osteotomia Le Fort I.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ho MW, Boyle MA, Cooper JC, Dodd MD, Richardson D. Surgical complications of segmental Le Fort I osteotomy. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 2011; 49:562–566.

Leite Segundo AV, Bozzetto-Ambrosi P, Cauas M, Caubi AF, Azevedo Filho HRC. Utilização da osteotomia Le Fort I na abordagem cirúrgica de carcinoma epidermóide de base de crânio. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial. 2007; 7(2):55-60.

Li KK, Meara JG, Jr AA. Location of the descending palatine artery in relation to the Le Fort I osteotomy. J Oral Maxillofac Surg. 1996; 54:822-825.

Cheung LK, Fung SC, Li T, Samman N. Posterior maxillary anatomy: implications for Le Fort I osteotomy. Int J Oral Maxillofac Surg. 1998; 27:346-351.

O’ Regan B, Bharadwaj G. Prospective study of the incidence of serious posterior maxillary haemorrhage during a tuberosity osteotomy in low level Le Fort I operations. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 2007; 45:538–542.

Ueki K, Hashiba Y, Marukawa K, Okabe K, Alam S, Nakagawa K, et al. Assessment of pterygomaxillary separation in Le Fort I osteotomy in class III patients. J Oral Maxillofac Surg. 2009; 67:833-839.

Ferraz FWS, Brinhole MCP, Elias FM. Avaliação morfométrica da parede nasal lateral e da região maxilar posterior. Implicações na osteotomia tipo Le Fort I. Revista Brasileira de Cirurgia Buco-maxilo-facial. 2011; 11(2):7-14.

Lanigan DT, Guest P. Alternative approaches to pterygomaxillary separation. Int J Oral Maxillofac Surg. 1993; 22:131-138.

Kim JW, Chin BR, Park HS, Lee SH, Kwon TG. Cranial nerve injury after Le Fort I osteotomy. Int J Oral Maxillofac Surg. 2011; 40: 327–329.

Laster Z, Ardekian L, Rachmiel A, Peled M. Use of the ‘shark-fin’ osteotome in separation of the pterygomaxillary junction in Le Fort I osteotomy: a clinical and computerized tomography study. Int J Oral Maxillofac Surg. 2002; 31(1):100-3.

Lanigan DT, Hey JH, West R. A. Aseptic necrosis following maxillary osteotomies: report of 36 cases. Int J Oral Maxillofac Surg. 1990; 48: 142-56.

Dodson TB, Bays RA, Neuenschwander MC. Maxillary perfusion during Le Fort I osteotomy after ligation of the descending palatine artery. J Oral Maxillofac Surg. 1997; 55:51-55.

Robinson PP, Hendy CW. Pterygoid plate fractures caused by the le fort I osteotomy. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 1986; 24:198-202.

Dolanmaz D, Esen A, Emlik D, Çandirli C, Kalayci A, Cicekcibasi A. Comparison of two different approches to the pterygomaxillary junction in Le Fort I osteotomy. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol. 2008; 106 (3):e1-5.

Kanazawa T, Kuroyanagi N, Miyachi H, Ochiai S, Kamiya N, Nagao T, et al. Factors predictive of pterygoid process fractures after pterygomaxillary separation without using an osteotome in Le Fort I osteotomy. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol. 2013; 115:310-318.

Stajcic Z. Altering the angulation of a curved osteotome – Does it have effects on the type of pterygomaxillary disjunction in Le Fort I osteotomy? An experimental study. Int J Oral Maxillofac Surg. 1991; 20:301-303.

O’ Regan B.; Bharadwaj G. Pterygomaxillary separation in Le Fort I osteotomy UK OMFS consultant questionnaire survey. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 2006; 44:20–23.

Trimble LD, Tideman H; Stoelinga PJW. A modification of the pterygoid plate separation in low-level maxillary osteotomies. Journal of Cranio-Maxillofacial Surgery. 1983; 41: 544-546.

Wikkeling OM, Tacoma J. Osteotomy of the pteryygomaxillary junction. J Oral Maxillofac Surg. 1975; 4 (3):99-103.

Ueki K, Nakagawa K, Marukawa K, Yamamoto E. Le Fort I osteotomy using an ultrasonic bone curette to fracture the pterygoid plates. J Craniomaxillofac Surg. 2004; 32(6):381-6.

Gomes-Filho JCO. Delimitação morfométrica da sutura pterigomaxilar em crânios secos com maxilas atróficas e considerações sobre a técnica da sua disjunção com cinzel curvo. Revista de Odontologia (São Paulo. Online). 2011; VII:516-34.

Alves N. Estudio anatómico de la región pterigopalatina en cráneos macerados de brasileños con el objetivo de contribuir al desarrollo de la técnica de disyunción de la sutura esfenomaxilar. Int J Morphol. 2013; 31(2):480-484.

Downloads

Publicado

2019-08-01

Como Citar

1.
Quintão LMV, Pereira TP, Leite ICG, Urbano ES. Análise morfométrica maxilar aplicada a osteotomia Le Fort I. HU Rev [Internet]. 1º de agosto de 2019 [citado 20º de abril de 2024];45(1):47-52. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/13888

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)