Compulsão alimentar periódica: aspecto negligenciado na abordagem de pacientes com síndrome metabólica

Autores

  • Cláudia Rocha Franco Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0003-3447-8064
  • Mônica Barros Costa Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Rogério Baumgratz De Paula Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Alfredo Chaoubah Chaoubah Universidade Federal de Juiz de Fora.
  • Fernando A. Basile Colugnati Universidade Federal de Juiz de Fora.
  • Danielle Guedes Andrade Ezequiel Universidade Federal de Juiz de Fora.

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2018.v44.13947

Palavras-chave:

Obesidade, Síndrome metabólica, Transtorno da compulsão alimentar

Resumo

A obesidade, um dos principais componentes da síndrome metabólica frequentemente associa-se à compulsão alimentar periódica (CAP). O objetivo do presente estudo foi avaliar a presença da CAP em mulheres com SM e a possível associação com parâmetros sociodemográficos, clínicos e comportamentais. Em estudo transversal foram selecionados 124 indivíduos com SM, distribuídos em dois grupos: Grupo 1 (ausência de CAP) e Grupo 2 (presença de CAP). A avaliação clínica incluiu medidas de peso e altura, circunferência da cintura e pressão arterial de consultório. Foram também avaliados parâmetros comportamentais, como presença de compulsão alimentar periódica, nível de atividade física, consumo de álcool, imagem corporal, sintomas depressivos e qualidade de vida. A avaliação laboratorial incluiu as dosagens de glicose e insulina, hormônio tiroestimulante, perfil lipídico e taxa de filtração glomerular estimada. Aplicou-se análise estatística através dos testes Qui Quadrado e t de Student. A média de idade das participantes foi 41±10,9 anos e a totalidade da amostra apresentava obesidade abdominal, com média da circunferência da cintura de 110±11,0 cm, 70% eram hipertensas, com média de Pressão Arterial Sistólica de 133±13,0 mmHg e Pressão Arterial Diastólica de 89±11,0 mmHg. Além disso, 95% eram sedentárias, 7% eram fumantes, 12% faziam uso nocivo do álcool, 98% declararam insatisfação com a imagem corporal e 62% apresentavam depressão. Observou-se presença de CAP em 57% das mulheres avaliadas. Houve associação entre CAP e idade, com predomínio na faixa etária entre 20 a 39 anos (p=0,010) e entre CAP e qualidade de vida (p=0,039). Quanto aos parâmetros laboratoriais, não foi observada diferença significativa entre os grupos. Em conclusão, a presença de CAP foi achado frequente em indivíduos com SM, sendo observada associação da CAP com faixa etária mais jovem e com pior qualidade de vida.

Palavras-chave: Obesidade; Síndrome metabólica; Transtorno da compulsão alimentar.

 

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Biografia do Autor

Cláudia Rocha Franco, Universidade Federal de Juiz de Fora

Enfermeira (Faculdade de Enfermagem/UFJF-1992);

Especialista em Estratégia Saúde da Família (Nates/UFJF-2006)

Mestre em Saúde (Faculdade de Medicina/NIEPEN/UFJF -2017)

Enfermeira/Estratégia Saúde da Família na Atenção Primária a Saúde-Prefeitura de Juiz de Fora/MG.

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Publicado

2019-04-04

Como Citar

1.
Franco CR, Costa MB, De Paula RB, Chaoubah AC, Colugnati FAB, Ezequiel DGA. Compulsão alimentar periódica: aspecto negligenciado na abordagem de pacientes com síndrome metabólica. HU Rev [Internet]. 4º de abril de 2019 [citado 28º de março de 2024];44(2):165-73. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/13947

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