CAPITAL EDUCADOR

A POTÊNCIA DESTRUTIVA E LUCRATIVA DA ARTICULAÇÃO DE APH E DA PLATAFORMIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/2447-5246.2025.v30.50696

Resumo

As profundas mudanças pelas quais passa a educação no Brasil, especialmente a partir dos anos 1990, têm a indelével marca dos movimentos dos capitais, alterando forma e conteúdo, objetivos e mecanismos de controle e mercadorizando um conjunto crescente de atividades educacionais. Este artigo apresenta parte de uma pesquisa documental e genética que objetivou identificar elementos da imposição dos interesses do capital especificamente pela articulação de dois fenômenos marcantes na educação atual: a plataformização do trabalho e, consequente, da educação, em especial pela introdução de tecnologias digitais e a ação de organizações privadas constituídas em Aparelhos Privados de Hegemonia (APHs), visando a consolidação do projeto burguês de formação por meio de mudanças na política educacional e nas ações do Estado, visando criar o ambiente necessário ao destrutivo processo de reprodução do capital. Conclui que já é possível perceber que as políticas educacionais revelam a tendência do controle dos processos educacionais via plataformização e trabalho digital e que os APHs cumprem papel estratégico ao projeto burguês abrindo caminho e tecendo acordos entre governos e setores da classe dominante buscando criar consenso acerca da inevitabilidade da educação digital sob controle do capital.

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Biografia do Autor

Mauro Titton, Universidade Federal de Santa Catarina

É graduado em Educação Física - Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Santa Maria (2003), possui Mestrado em Educação pela Universidade Federal da Bahia (2006) e Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010), com Doutorado Sanduíche na Universidad de Pinar del Río/Cuba (2008). Realizou estudos de Pós-doutorado na Faculdade de Ciências Políticas e Sociologia da Universidade Autônoma de Barcelona/Espanha (2017/2018) e no Departamento de Filosofia e Bens Culturais da Universidade Ca'Foscari Veneza/Itália (2023/2024). Atualmente é Professor do Departamento de Estudos Especializados em Educação e do Programa de Pós-graduação em Educação, ambos do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina e Coordenador do PRONERA/CED/UFSC. É membro pesquisador do Grupo de Investigação sobre Políticas Educacionais (GIPE-Marx - UFSC). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Pedagogia (Aprendizagem e Desenvolvimento), em Educação do Campo e em Ensino Profissional, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores, trabalho e educação, políticas públicas, políticas educacionais e movimentos sociais.

Astrid Baecker Avila, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria (1995) e mestrado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000). Realizou estágio em pesquisa em Educação na Alemanha, na Universidade de Hannover(2006). Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina, na linha de Educação, História e Política (2008). Atualmente é professora da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Educação e Educação Física escolar, com atuação em ginástica e dança, Desenvolve investigação e ação nos seguintes temas: Política educacional, Ontologia e Realismo Crítico, Produção do conhecimento em Educação Física, Política de pós-graduação, Formação docente.,Atua no curso de Pedagogia com as seguintes disciplinas:Estado e Política Educacional, Capitalismo e Educação e Educação em tempos de pandemia.

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Publicado

2025-12-18

Como Citar

Titton, M., & Baecker Avila, A. (2025). CAPITAL EDUCADOR: A POTÊNCIA DESTRUTIVA E LUCRATIVA DA ARTICULAÇÃO DE APH E DA PLATAFORMIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO. Educação Em Foco, 30(Dossiê Temático), e30071. https://doi.org/10.34019/2447-5246.2025.v30.50696

Edição

Seção

Dossiê: Aparelhos privados de hegemonia na educação pública