OS REFLEXOS DA HETERONORMATIVIDADE NO ENSINO DE HISTÓRIA
DOI:
https://doi.org/10.34019/2447-5246.2021.v26.34683Resumo
Este artigo examina como o ensino de História contribui para a reflexão sobre as causas das discriminações e dos preconceitos e seus efeitos nas relações interpessoais. Especificamente sobre as desigualdades no campo dos gêneros e das sexualidades, é proveitoso analisar como o ensino de História e a própria historiografia se relacionam com essas questões. Autores como Sepulveda (2016), Louro (2000) e Engel (1997) nos auxiliaram nessa reflexão. Após a apresentação e discussão de informações relacionadas a essas áreas, envolvendo as questões de gêneros e sexualidades, com base em pesquisa bibliográfica, percebemos a forma como a disciplina foi formatada sob os interesses de um Estado heteronormativo, assim como esse padrão impele governos, religiões, parlamentares e até pesquisadores a demonstrarem seus preconceitos, impedindo o livre exercício da ciência, do ensino e da cidadania. A força dos movimentos sociais foi indispensável para as conquistas que ocorreram nas duas primeiras décadas do ano 2000 para mulheres e pessoas LGBTI+, entretanto, nas salas de aula ainda há resistências, alimentadas por governos de todas as esferas, que buscam impedir os esforços em se produzir reflexões acerca da igualdade sexual e de gênero. Portanto, é necessária a defesa de um currículo em que a diversidade, a crítica e as temáticas que discutam todas as formas de discriminações estejam asseguradas.
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