Cansadas de esperar Godot quebramos os espelhos

Autores

  • Carmen Lúcia Vidal Pérez Universidade Federal Fluminense
  • Luciana Pires Alves

DOI:

https://doi.org/10.22195/2447-52462016019607

Palavras-chave:

representação, cognição e aprendizagens.

Resumo

As práticas pedagógicas disseminadas no cotidiano escolar respondem/correspondem a uma concepção de cognição que expulsa dos bancos escolares a imaginação, o rememorar, a herança cultural e os modos de fazer de todos aqueles que não se limitam a quantificar e ou pensar de forma a classificar, segregar, separar e ordenar o conhecimento. O modelo cognitivo escolar deixa de fora possibilidades de conhecer de diferentes grupos sociais que beberam em outra tradição, desprezando suas formas de aprender, colocando a margem outros conhecimentos e outros processos cognitivos. A busca por práticas pedagógicas mais justas dá visibilidade à injustiça cognitiva, que se faz sentir na escola quando os sistemas de significação, os saberes e as práticas culturais são sufocados ou historicamente desvalorizados em nome do progresso ou de uma única forma de ser e estar no mundo. Questionar o modelo de conhecimento fundado na representação é questionar o fracasso da escola. Na pesquisa nos dobramos sobre as questões relativas à formulação de novas possibilidades para a ação educativa da escola a partir da revisão-ampliação do conceito de cognição, articulando-o a uma perspectiva político-epistemológica fundada na concepção de injustiças cognitiva.

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Biografia do Autor

Carmen Lúcia Vidal Pérez, Universidade Federal Fluminense

Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2002), com doutorado sandwiche na Universidade de Lisboa, sob a orientação de António Nóvoa. Pós-doutorado em Filosofia da Educação na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, sob a orientação de Sílvio Gallo.b Atualmente é professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense . Como professora do Programa de Pós Graduação em Educação da UFF atua no campo de confluência Estudos do Cotidiano da Educação Popular. É membro da equipe de pesquisadoras do GRUPALFA - Grupo de Pesquisa Alfabetização dos Alunos e Alunas das Classes Populares, desde 1988 e coordenadora do GEPEMC - Grupo de Estudos e Pesquisa Escola, Memória e Cotidiano. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Alfabetização, atuando principalmente nos seguintes temas: alfabetização, memória, formação de professores, cotidiano e prática pedagógica.

Luciana Pires Alves

Doutora em Educação - UFF

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Publicado

2016-02-21

Como Citar

Pérez, C. L. V., & Alves, L. P. (2016). Cansadas de esperar Godot quebramos os espelhos. Educação Em Foco, 117–136. https://doi.org/10.22195/2447-52462016019607

Edição

Seção

Artigos