Associação entre letramento funcional em saúde e adesão ao tratamento medicamentoso da Hipertensão Arterial Sistêmica na atenção primária à saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1809-8363.2020.v23.16894

Palavras-chave:

Adesão à medicação. Alfabetização em saúde. Atenção Primária à Saúde.

Resumo

O estudo analisa a associação entre letramento funcional em saúde e adesão à medicação anti-hipertensiva. Estudo transversal, com aplicação de formulário a 340 usuários da Estratégia Saúde da Família, segundo características sociodemográficas, relacionadas ao paciente, à doença e ao tratamento, à equipe e ao serviço de saúde. A adesão medicamentosa foi mensurada pela MMAS-8 e o letramento funcional em saúde foi medido pelo B-TOFHLA. Foi utilizado o modelo de regressão de Poisson. A prevalência de não adesão foi de 24,1% (IC95%:19,7–28,5). Baixo letramento funcional em saúde foi encontrado em 80,3% dos hipertensos. Os fatores associados à não adesão foram não acreditar na importância dos medicamentos, maior frequência na tomada dos medicamentos por dia, não compreensão das orientações e explicações dadas pelos profissionais de saúde e maior dificuldade em conversar com os profissionais. Conclui-se que, com mudanças baseadas na complexidade do regime terapêutico, e ainda identificando-se as limitações dos usuários em relação ao acesso e à compreensão das informações e orientações repassadas, a equipe de saúde pode elaborar estratégias que favoreçam a comunicação entre profissionais de saúde e usuários, compensando, assim, os baixos níveis de letramento funcional em saúde.

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Biografia do Autor

Tatiana Resende Carvalho, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Graduada em Fisioterapia pelo Centro Universitário de Lavras/UNILAVRAS (2001),  especialista em Gestão de Saúde Pública pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM (2011) e em Planejamento e Gestão em Sistemas e Serviços de Saúde pelo Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora - NATES (2012). Mestra em Saúde Coletiva pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (2018). 

Luiz Cláudio Ribeiro, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1983), mestre em Engenharia Elétrica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1992) e doutor em Demografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003). Atualmente é Professor Associado do Departamento de Estatística da Universidade Federal de Juiz de Fora. 

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Publicado

2021-06-23

Edição

Seção

Artigos Originais

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