Ancestralidade conectada: a gravação do Grupo de Capoeira Angola Estrela do Norte
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2025.v20.48322Resumo
A proliferação de gravações de álbuns de capoeira nos estilos Angola, Regional e Contemporâneo reflete sua expansão nacional e transnacional, consolidando-a como uma das expressões culturais brasileiras mais reconhecidas no mundo. Etnomusicólogos têm explorado a capoeira como um espaço de performance sonora (DOWNEY, 2005), no qual o movimento corporal interage com a música produzida na roda, com o berimbau e outros instrumentos de percussão. No entanto, poucos investigaram como ambientes fora de estúdios influenciam a performance ou como os praticantes se relacionam com dimensões espirituais e ancestrais do som. Este artigo analisa a gravação de Coco Maduro, álbum do Grupo de Capoeira Angola Estrela do Norte, liderado por Mestre Iuri e gravado em 2024 no espaço de treino do grupo em Bloomington, Indiana. Uma preocupação central foi a geração de axé, uma “energia espiritual ou força vital” afro-brasileira (KURTZ, 2024), fundamental na promoção da sintonia — um alinhamento entre música e movimento. Como o axé é conceituado pelos capoeiristas? Como se traduz em som? O que distingue uma gravação em estúdio de uma feita em um espaço de treino? Baseado em dois anos de trabalho de campo, o estudo também dialoga com as gravações de Lorenzo Dow Turner na Bahia (1940–41).
Palavras-chave: axé, Capoeira Angola, estúdio de gravação, ancestralidade, Lorenzo Dow Turner.
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