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Esta edição da TeC traz o dossiê Culturas sonoras: (re)produções, (re)(a)presentações e registros em tempos de digitalização. Como são produzidas, comunicadas, compartilhadas, consumidas, tornadas objetos de estudo, arquivadas e constituídas em acervos, suportadas materialmente, expressas na linguagem e na performance, as políticas e poéticas acústico-sonoras? De que modo traduzem ou transportam os debates da representação da cultura em modalidades escritas/aurais? Quais as condições de possibilidade para a atribuição de valor de eventos e objetos no universo das chamadas políticas de sonoridade? Essas e outras questões mobilizam interesses de exploração acadêmica nas Ciências Sociais, em geral, e a edição pretende explorá-las por meio da locução culturas sonoras, como via de aproximação a um entendimento da diversidade humana no contexto contemporâneo, caracterizado pela digitalização da experiência social. O dossiê objetiva, assim, compor um diálogo transversal, no espaço intersticial entre campos de estudos complementares. Os artigos que o compõem projetam reflexões e debates ao redor de cinco eixos temáticos: a) a produção, a difusão e o consumo fonográfico; b) a formação de acervos, o colecionismo e curadorias sonoras; c) a sociolingüística, o ritual e a performance; d) diferentes tipos de materialidade e sua capacidade de produzir valor; e) tecnologias digitais no contexto das novas mídias. Para além do dossiê, há ainda artigos e resenhas em fluxo contínuo.
A reconfiguração dos centros de poder e das formas de governo começou a chamar a atenção para o fato incontornável de que, na América Latina, a política subnacional não pode ser entendida como uma função da política nacional. Assim, trabalhos como o de Montero e Samuels (2004) apontaram para a importância do desenvolvimento de pesquisas e estudos sobre o “poder descentralizado” tanto nos sistemas federais como nos unitários, quebrando o preconceito de que só nos primeiros poderia haver variações entre as esferas nacional e subnacional (Pino, 2017). Esta abordagem permitiu tornar visíveis os traços comuns e as singularidades das lideranças locais, as múltiplas configurações do poder territorial e, consequentemente, as variações no funcionamento dos sistemas políticos através de visões muito mais precisas e realistas. E é neste contexto de fortalecimento dos estudos sobre a política subnacional que se insere este dossiê.
A presente edição debate como violências e resistências relacionadas aos conflitos urbanos multiplicaram-se e diversificaram-se no Brasil nos últimos anos. Os textos selecionados retomam debates propostos por pesquisas pioneiras que relacionam violência, sociedade civil e movimentos sociais. Além disso, dialogam com literaturas mais recentes que analisam a violência urbana brasileira e seus impactos, enfatizando as dimensões territorial, criminal, estatal, infraestrutural, étnico-racial, interseccional, geracional e/ou religiosa desse fenômeno. Em resumo, os trabalhos que compõem o dossiê debatem violências e resistências a partir de reflexões sobre: 1) trajetórias urbanas, ilegalismos e cotidiano; 2) constituição de imaginários e de aspectos simbólicos em disputa entre grupos armados; 3) políticas de segurança, de saúde e de drogas; 4) conflitos urbanos e mobilizações coletivas a partir de dinâmicas laborais, culturais, religiosas e literárias; 5) representações e auto representação das margens.
Este dossiê é produto de uma ação (e subjetividade) coletiva(s). Predominantemente assíncrona, tecnologicamente mediada e envolvendo diferentes escalas e regiões do globo, a edição que ora vos é apresentada teve como pano de fundo e ponto de partida uma sessão temática abrigada no âmbito Comitê de Pesquisa 17: “Sociologia Organizacional” (RC 17 Organizational Sociology), por sua vez hospedado e realizado no âmbito do evento ISA3 Fórum 2021. A ideia deste dossiê surgiu a partir do contato entre os editores convidados deste número, no contexto daquele evento, e da constatação da lacuna existente em termos de participação e aproximação da academia brasileira e mundial no tocante ao tema específico em tela. Particularmente, a reflexão sobre a extensão e o papel da organização no seio da teoria sociológica (Akroyd, 2000) tem sido um problema frequentemente apontado, embora parcial e timidamente “atacado”.
Volume 17 número 1 2022
Olhar o sol e a morte: reflexões das Ciências Sociais sobre a pandemia de Covid-19 no Brasil.
Teoria e Cultura - Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF - ISSN: 2318-101x (on-line) - ISSN 1809-5968 (impresso)

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