Fluxos, fixos e pontos de vendas no comércio de rua
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2023.v18.40338Resumen
Este artigo analisa os fluxos e fixos no Calçadão de Bangu, na Zona Oeste carioca. Por meio de entrevistas, observações e coletas de fotografias, a pesquisa se debruçou sobre a produção do cotidiano a partir dos viventes desta via originalmente exclusiva para pedestres, inaugurada em 1991 após plebiscito entre a população. O Calçadão atravessa a Avenida Ministro Ary Franco e a Rua Coronel Tamarindo, de um lado, e a Rua Professor Clemente Ferreira e as avenidas Cônego Vasconcelos e de Santa Cruz, por outro. Ao longo de seus cerca de setecentos metros, camelôs, mototáxis, galerias comerciais, lojas de departamento, pedestres e agências bancárias se acumulam nas proximidades da estação ferroviária e do Bangu Shopping. A pesquisa destaca a montagem, desmontagem e organização da rotina em volta dos fixos das ruas, como o ponto de venda, e os fluxos que entremeiam o cotidiano local. Concluo que os ideais de ordem pública e planejamento urbano são frequentemente invertidos e ressignificados pelos trabalhadores e demais ocupantes das ruas.