EU SOU uma Mulher Negra com Raiva:
Autoetnografia Feminista Negra, Voz e Resistência
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2022.v17.39871Resumen
Este artigo une o pensamento feminista negro (Collins, 2009) e a autoetnografi a para defender a autoetno
grafi a feminista negra (AFN) como um meio teórico e metodológico para as acadêmicas negras narrarem
criticamente o orgulho e a dor da feminilidade negra. Enraizada em meu desejo de “erguer a voz” [“Talk
Back” (hooks, 1989)] à opressão sistêmica como uma mulher negra birracial (preta e branca), eu posiciono
a raiva como uma força produtiva que alimenta a voz através do AFN como um ato de resistência. Neste ar
tigo, a AFN é usada para explorar autorrefl exivamente minhas experiências cotidianas como uma ‘‘outsider
de dentro’’ [“Outsider Within” (Collins, 1986)] e problematizar a onipresença do racismo e do sexismo (no
mínimo) na vida cotidiana das mulheres negras. Situando a minha raiva como justa e justifi cável, localizo a
minha voz diretamente em resposta às imagens de controle, tais como a safi ra raivosa4 que denota as mulhe
res negras como raivosas, como indisciplinadas, ao mesmo tempo que enfatizo a necessidade de “políticas
sexuais negras progressistas” que testemunham a raiva produtiva das mulheres negras.
Palavras-chave: Raiva; Autoetnografi a; Identidade Birracial; Pensamento Feminista Negro; Resistência e
Voz.