O imperativo da moralidade e a socialização dos afetos:
proposições a partir de Émile Durkheim
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2022.v17.38229Resumen
Este artigo tem o propósito de apresentar a noção de afetos, em especial o amor de conjugalidade e família moderna, a partir da ótica do sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917). A contar de seus conceitos basilares, defendo que, para pensarmos as emoções em sua obra, temos que levar em consideração sua definição de moralidade. Constato que as interpretações acerca do casamento e da família moderna, instituições ideológicas por excelência — realizadas em suas formulações paradigmáticas sobre a “ciência da sociedade” — contribuíram decisivamente para que o debate sobre os sentimentos se desprendesse das observações hegemônicas da psicologia.