Autoetnografia da concepção de um currículo:

a inflexão de um habitus particular em uma política pública

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2022.v17.38111

Resumo

O presente artigo resulta de uma pesquisa realizada, entre 2018 e 2020, na qual problematizo as condições que permitiram a materialização de uma política pública de formação em dança na cidade de Fortaleza, orientada para a produção de certa tipologia de corpo e capital informados pela dança. Neste artigo, problematizo como minha posição e minhas disposições como agente atuante nesse processo exerceram uma inflexão na política supramencionada. A pesquisa utiliza-se de conceitos do arcabouço teórico criado por Pierre Bourdieu, notadamente as noções de campo, habitus e capital. A partir de uma derivação da noção de habitus, utilizo a ideia de habitus conservatorial (PEREIRA, 2014) para problematizar a inflexão desta tipologia de habitus na concepção do currículo da formação em questão. O conceito de capital cultural desdobra-se em capital corporal para problematizar as aquisições projetadas para os alunos da Formação Básica em Dança. A investigação tem caráter autoenográfico, construindo-se nas proximidades da autoetnografia crítica proposta por Deborah Reed-Danahay.

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Publicado

2022-12-23