Uma análise da filmografia de Almodóvar a partir das relações entre gênero e reterritorialização: percursos analíticos para a antropologia do cinema

Autores

  • Paloma Coelho

DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2017.v12.12307

Resumo

Este artigo visa discutir, a partir de um olhar mais amplo sobre a filmografia de Pedro Almodóvar, de que maneira algumas mudanças estéticas e discursivas em sua obra ao longo dos anos são pertinentes para se pensar a retórica almodovariana no tocante às relações de gênero. Tais mudanças, compreendidas aqui como uma reterritorialização (geográfica e cultural), contribuem para a criação de um universo fílmico/narrativo particular, em que o desejo é o único princípio moral das condutas dos personagens. Nessa utopia almodovariana, que fica mais eloquente em Os amantes passageiros, o protagonismo da cidade como lócus da experiência dá lugar a um hiperespaço, em que a vivência do desejo, levada ao limite, conforma a fantasia de uma experiência plena do gênero e da sexualidade que acaba, paradoxalmente, negando a sua viabilidade.

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Biografia do Autor

Paloma Coelho

Doutora e mestra em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Realizou estágio doutoral na Universidad Carlos III de Madrid (2014-2015). Especialista em História da Cultura e da Arte pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente, desenvolve pesquisas na área de sociologia e antropologia, abordando principalmente os temas: cinema, família, gênero, corpo e sexualidade. Integrante do Grupo de Análise de Políticas e Poéticas Audiovisuais (GRAPPA).

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Publicado

2017-11-30