Esplendor e miséria de uma categoria: a centralidade do trabalho nas ciências sociais
Resumen
A tese do fim do trabalho constitui uma das tendências intelectuais de relevo do final do século XX. Neste artigo tentarei expôr brevemente os argumentos de autores tais como Hannah Arendt ou Jürgen Habermas, críticos proeminentes da tese da centralidade do trabalho. Em seguida, com a ajuda de trabalhos efetuados no campo da sociologia e da psicologia do trabalho, procurarei contrapor alguns desses argumentos, mostrando de que forma o trabalho ocupa de fato um papel fundamental tanto do ponto de vista da consolidação da identidade individual como numa ótica societal.