Saberes em relações dialógicas

“não há saber mais ou saber menos, há saberes diferentes”

Autores/as

  • Mariana dos Santos Cezar Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Física Gleb Wataghin, Programa de Pós-Graduação Multiunidades em Ensino de Ciências e Matemática, Campinas, São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.34019/2237-9444.2020.v10.31509

Palabras clave:

Relações dialógicas, Diferentes saberes, Professoras dos anos iniciais

Resumen

O artigo apresenta reflexões sobre a possibilidade de dialogar com o outro na busca pelo respeito aos diferentes saberes e sobre a possibilidade de conscientização dos educadores de que é necessário reconhecer e respeitar os saberes dos educandos e tomá-los como ponto de partida no processo de ensino e aprendizagem. A investigação é um recorte de uma pesquisa de doutorado realizada com professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental, que objetivou compreender o desenvolvimento do processo de empoderamento em contextos formativos e na prática docente. Na pesquisa, propomos uma ação de formação que discutiu o ensino da matemática na perspectiva da Educação Matemática Crítica. Ao longo de quinze encontros distribuídos num período de nove meses, refletimos e discutimos sobre temas de interesse das docentes. Os temas que compuseram o ponto de partida da relação dialógica se constituíram a partir de temas concretos da realidade escolar que apareceram no diálogo com as participantes. Optamos por apresentar neste trabalho as discussões e análises relativas ao tema Diferentes Saberes. Os resultados mostraram que as docentes se reconhecem como ser inacabado, inconcluso, e conscientes desse inacabamento, sabem que seu saber apesar de ser importante não é suficiente em todas as situações. Nesse sentido, o processo dialógico proporcionou o início de uma caminhada rumo à conscientização do necessário reconhecimento e respeito aos saberes dos educandos.

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Publicado

2020-12-31

Cómo citar

Cezar, M. dos S. (2020). Saberes em relações dialógicas: “não há saber mais ou saber menos, há saberes diferentes”. Pesquisa E Debate Em Educação, 10(2), 1247–1258. https://doi.org/10.34019/2237-9444.2020.v10.31509