Uma análise etnográfica da prática do etnoturismo índígena na Terra Indígena Coroa Vermelha sob a perspectiva do turismo de base comunitária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.14680596

Palavras-chave:

Etnoturismo, Turismo de Base Comunitária, Pataxó, Terra Indígena Coroa Vermelha

Resumo

O artigo analisa em que medida a atuação turística de aldeias Pataxó da Terra Indígena Coroa Vermelha (TICV) se aproxima da modalidade do Turismo de Base Comunitária (TBC). Atualmente, das 15 aldeias localizadas na Terra Indígena, cerca de sete recebem visitantes. Dentre estas, o recorte da presente pesquisa considerou três aldeias praticantes da referida modalidade turística: a Reserva Pataxó da Jaqueira, a Aldeia Nova Coroa e o Centro Cultural Txag’ru Mirawê. Os dados etnográficos mobilizados são recorte de pesquisas em andamento desde 2018 na TICV. A interpretação dos mesmos à luz do TBC demonstra a emergência de um Turismo Indígena de Base Comunitária na TI. Autônomos e sustentáveis, estes projetos se constituem em uma ferramenta de atuação cultural e política das comunidades Pataxó, além de representarem a principal fonte de incremento da renda dessas comunidades. Vislumbra-se que as práticas comunitárias de autogestão promovem o protagonismo das comunidades indígenas, semeando condições favoráveis à permanência no território, à manutenção dos seus modos de vida tradicionais e à preservação ambiental. Conclui-se que as práticas indígenas de gestão ambiental, territorial e turística podem ampliar o horizonte epistemológico dos estudos em TBC.

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Biografia do Autor

Aline Santos Bispo, Universidade Federal do Sul da Bahia

Doutoranda em Estado e Sociedade/UFSB. Mestra em Estado e Sociedade/UFSB (2020). MBA em Gestão Empresarial/USP-ESALQ (2021). Especialista em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica/IFES (2021). Graduada em Administração de Empresas/IFBA (2016). Graduada em Turismo e Hotelaria/UNEB (2010). Colaboradora da Alba Sud - Centro de investigación en turismo desde perspectivas críticas. Membro da Comissão e do GT de Gestão da Rede BATUC – Turismo Comunitário da Bahia. Bolsista CAPES.

Alicia Araújo da Silva Costa, Universidade Federal do Sul da Bahia

Doutoranda em Estado e Sociedade/UFSB. Mestra em Estado e Sociedade/UFSB (2020). Especialista em Neurociências, Psicologia Positiva e Mindfulness/PUC (2022). Especialista em Produção Cultural, Arte e Entretenimento/Unileya (2020). Bacharel em Ciências Humanas/UFSB (2021). Bacharel em Administração de Empresas/ UNIFACS (2017). Analista em Gestão de Políticas Públicas e Desenvolvimento na Diretoria de Produtos Turísticos da Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais.

Pablo Antunha Barbosa, Universidade Federal do Sul da Bahia

Pós-doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ. Doutor em Antropologia Social e Histórica pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais/EHESS, França. Mestre em Etnologia e Sociologia Comparada pela Universidade de Paris 10 - Nanterre/UPX, França. Graduado em Sociologia pela Universidade de Paris 10 - Nanterre/UPX, França. Professor Adjunto na UFSB, lecionando de forma permanente no Programa de pós-graduação em Estado e Sociedade na UFSB. Leciona na graduação em Antropologia e Humanidades na UFSB. Membro da Associação Brasileira de Antropologia/ABA. Visiting Scholar na Université de Toulouse, França (2025). Coordenador do Centro de Documentação e Pesquisa Memórias do Sul da Bahia.

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Publicado

2024-12-31

Como Citar

Bispo, A. S. ., Costa, A. A. da S., & Barbosa, P. A. (2024). Uma análise etnográfica da prática do etnoturismo índígena na Terra Indígena Coroa Vermelha sob a perspectiva do turismo de base comunitária. Revista Latino-Americana De Turismologia, 10(Regular). https://doi.org/10.5281/zenodo.14680596