NARRANDO HISTÓRIAS E DESINVISIBILIZANDO SUJEITOS QUE PESQUISAM COM O COTIDIANO

Resumo

Este texto narra algumas passagens da minha trajetória enquanto doutoranda, sobretudo alguns conflitos
e inseguranças que levaram à reflexão sobre o meu processo de passagem de pesquisadora escrevente para
pesquisadora narradora de histórias. Busco fazer desta narrativa mais do que um momento autobiográfico
ao refletir sobre as escolhas teoricometodológicas que se apresentaram ao longo da pesquisa. Neste caso,
procurei evidenciar situações onde as práticas precisaram ser olhadas através de outras lógicas. Onde foi
preciso encontrar os meios para “distinguir maneiras de fazer”, para pensar “estilos de ação”, ou seja, fazer
a teoria das práticas (CERTEAU, 1994), que acontece de modo não planejado, mas que se apresenta como
“táticas de praticantes”. Assim, segui as pistas (GINZBURG, 1989) que me mostraram os sentidos produzidos
pela minha presença nas escolas e narrei algumas passagens da trajetória enquanto pesquisadora, minha
experiência (LARROSA, 2004). As experiências que são entendidas por mim como algo que nos acontece,
mas mais do que isso, o que nos toca. Desse modo neste texto procuro compartilhar não só os acontecimentos,
mas também aquilo que me tocou.