Inventoras de trilhas na racionalidade funcionalista: biblioteca itinerante e alfabetização

Autores

  • Graciele Fernandes Ferreira Mattos UFJF

Resumo

Este texto advém das reflexões tecidas durante a pesquisa de doutoramento, cujo objetivo foi desinvisibilizar
(SANTOS, 2005) os saberesfazeres das professoras tecidos no cotidiano de uma escola de educação em
tempo integral. Assumi a condição de a narradora (BENJAMIN, 1994) das experiências tecidas na Escola
Municipal Bom Pastor, mantendo acesa uma memória comum, partilhada, para que a experiência coletiva
não esteja fadada ao esquecimento. A trama de fios narra o mergulho (ALVES, 2001) no cotidiano escolar,
tempoespaço de criação de conhecimentos, de saberesfazeres diferenciados e legítimos, táticas praticadas pelos sujeitos ordinários. Processos fluidos, dinâmicos, mutantes, efêmeros, híbridos, bem como imprevisíveis e
interpenetrados por variadas condições e situações cotidianas. Inventores de trilhas nas selvas da racionalidade
funcionalista (CERTEAU, 1994), as professoras praticaram estratégias e astúcias transgressoras e, apesar
dos tantos mecanismos regulatórios assentes sobre a legitimação da dominação, ainda assim conseguiram
tecer miríades de movimentos quase invisíveis, saberesfazeres que permitiram continuar a crer no potencial
democratizante das ações cotidianas.

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Biografia do Autor

Graciele Fernandes Ferreira Mattos, UFJF

Doutora em Educação pelo PPGE/UFJF. Professora e coordenadora pedagógica da rede pública municipal de ensino de Juiz de Fora. Integrante
do Grupo Formação, Conhecimentos e Culturas (FOCCUS) do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Diversidade (NEPED/UFJF).

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Publicado

2013-12-10