Do global ao local: a política de participação da família e suas repercussões na gestão da unidade escolar
Resumo
A forma como as políticas públicas educacionais, vêm sendo processadas, pelo Estado, no país, em esfera global, reafirma o distanciamento: Estado – sociedade civil. Diante disso, o presente artigo é fruto de minha pesquisa de Mestrado, onde volto meu olhar para a percepção da escola como lócus de participação da sociedade. Nesse ínterim os limites colocados à participação dos pais, explicam em grande parte o fracasso de iniciativas democráticas. A pesquisa objetivou analisar como a participação da família pode contribuir para a democratização da gestão escolar, analisando o fulcro desta participação: a confirmação de uma visão de prestação de serviço (participação formal) ou afirmação de um direito (participação real). Realizei estudos teóricos e empíricos, sendo o último realizado em duas escolas públicas de Juiz de Fora – MG. A investigação de cunho qualitativo buscou desvendar os sentidos e interpretações que os sujeitos atribuem às suas ações. O estudo revelou a emergência de movimentos voltados à participação, em todas as instâncias da sociedade. Logo, quando se reivindica um espaço de participação na escola, está se considerando apenas uma dessas instâncias. Torna-se assim imprescindível que a participação aí se dê, alcançando o caráter de um direito singular e de um compromisso plural.