Mulheres nas áreas Científicas e Tecnológicas – Desinteresse ou preconceito? Modismo ou respeito aos direitos humanos?
Resumo
Este artigo busca refletir sobre as discriminações de gênero experimentadas por mulheres nas áreas de conhecimento
científico e tecnológico, contribuindo com algumas estratégias para enfrentamento das mesmas
nas organizações escolares. No Brasil, as mulheres perfazem 52% do Ensino Superior, 34% dos docentes no
Ensino Superior e 37% em postos administrativos. Não obstante, essa maior escolaridade não garante acesso
à qualidade ou às oportunidades de educação. As discriminações de gênero persistem na escola e fora dela,
de maneira declarada ou subjetiva. Portanto, paridade de gênero em educação não se equivale à igualdade
de gênero. A organização escolar continua a excluir as meninas/mulheres das áreas científicas ao manter
tratamentos diferenciados para meninos e meninas, não oferecendo estímulos ou oportunidades para que se
interessem ou se identifiquem com a área. Algumas estratégias são sugeridas para a inclusão, permanência e
sucesso de mulheres nestas áreas, através do estabelecimento de políticas afirmativas de gênero nas organizações
escolares previstas nos planejamentos, e através da sensibilização de docentes e estudantes objetivando
“empoderamento” e mudança para uma conduta pró-ativa (ações afirmativas de gênero).
Palavras-chave: Discriminação. Gênero nas áreas Científicas e Tecnológicas. Acesso ao conhecimento.
Educação de Meninas/mulheres.