Modelo Bioecológico e Psicologia Ambiental: revisão sistemática sobre adolescência e espaços urbanos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-1247.2022.v16.32369

Palavras-chave:

Adolescentes, Psicologia Ambiental, Modelo Bioecológico, Revisão Sistemática

Resumo

Realizou-se uma busca, orientada pelo guia PRISMA, nas três principais revistas de psicologia ambiental e nos indexadores LILACS, PePSIC e SciELO pelos descritores adolescent, urban space, Bronfenbrenner e bioecological, entre 2015 e 2020. O objetivo foi realizar uma revisão sistemática envolvendo estudos desses campos, comparar as definições encontradas e, a partir delas, discutir aproximações e distanciamentos dessas teorias. Os resultados demonstraram que os adolescentes mais jovens tendem a ser tratados como crianças e os mais velhos como adultos. Os estudos que utilizaram as abordagens em conjunto conseguiriam se aprofundar melhor na relação contexto social-ambiente físico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Larissa Medeiros Marinho dos Santos, Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)

Doutora em Psicologia (2008) pela Universidade de Brasília, mestre em Psicologia Social e do Trabalho (2002), graduada e licenciada em Psicologia (1998) pela mesma Universidade. Atualmente é Professora Adjunta do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de São João del Rei. Na Pós-Graduação, atua na linha de pesquisa "Instituições, Saúde e Sociedade", com temas relacionados a Psicologia Ambiental e ao Desenvolvimento Humano, particularmente adolescência. Atualmente, desenvolveu um interesse por temas da cultura pop (música, jogos, filmes, seriados) - pelos seres da ficção, seu modo de existência e como estes se inter-relacionam conosco e com a nossa sociedade (aspectos sociais e históricos), como contribuem para reflexões e ressignificação. É vinculada ao grupo de pesquisa NELUS - Núcleo de Estudos em Ludicidade e Sóciotecnologias da UFSJ. Parte de perspectivas das abordagens sistêmicas de desenvolvimento, refletindo fenômenos sociais-históricos-culturais-ambientais. 

Referências

Acioli, R. M. L., Barreira, A. K., Lima, M. L. C. D., Assis, S. G. D., & Lima, M. L. L. T. D. (2019). Tempo de acolhimento e características dos adolescentes acolhidos por tipo de serviços institucionais. Recife, Brasil, 2009-2013. Ciência & Saúde Coletiva, 24, 553-562. doi:10.1590/1413-81232018242.06402017

Alves, A. F., Lemos, G. C., Brito, L., Martins, A, A., & Almeida, L. S. (2016). Desempenho cognitivo na infância: A mãe e o meio urbano fazem a diferença. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 32(3), e32317. doi: 10.1590/0102-3772e323217

Bagot, K. L., Allen, F. C. L., & Toukhsati, S. (2015). Perceived restorativeness of children’s school playground environments: Nature, playground features and play period experiences. Journal of Environmental Psychology, 41, 1-9. doi: 10.1016/j.jenvp.2014.11.005

Barros, H., & Pinheiro, J. (2020). Climate change perception by adolescents: reflections on sustainable lifestyle, local impacts and optimism bias (Percepción del cambio climático en adolescentes. Reflexiones sobre los estilos de vida sostenibles, el impacto local y el sesgo optimista). PsyEcology, 11 (2), 1-24. doi: 10.1080/21711976.2020.1728654

Brasil, Ministério da Saúde. (2020). Caderneta do Adolescente. Recuperado de https://www.saude.gov.br/saude-para-voce/saude-do-adolescente-e-do-jovem/caderneta-do-adolescente

Bronfenbrenner, U. (1979). The ecology of human development: Experiments by nature and design. Cambridge, MA: Harvard University Press.

Bronfenbrenner, U. (1995). The bioecological model from a life course perspective: Reflections of a participant observer. In P. Moen, G. H. Elder, Jr, & K. Luscher (Eds.), Examining lives in context: Perspectives on the ecology of human development (pp. 599-618). Washington, DC: American Psychological Association.

Bronfenbrenner, U. (2011). Bioecologia do Desenvolvimento Humano: Tornando os seres humanos mais humanos. Porto Alegre, RS: Artmed.

Bronfenbrenner, U., & Crouter, A. C. (1983). The evolution of environmental models in developmental research. In W. Kessen, & P. H. Mussen (Eds.), Handbook of child psychology. Vol. 1 History, theory, and methods (4th ed., pp. 357-414). New York: Wiley.

Bronfenbrenner, U., & Morris, P. A (1998). The ecology of developmental processes. In W. Damon (Series Ed.), & R. M. Lerner (Vol. Ed.). Handbook of child psychology: Vol. 1. Theoretical models of human development (5th ed., pp. 993-1028). New York: John Wiley.

Brussoni, M., Lin, Y., Han, C., Janssen, I., Schuurman, N., Boyes, R. . . . Mâsse, L. C. (2020). A qualitative investigation of unsupervised outdoor activities for 10-to 13-year-old children: “I like adventuring but I don’t like adventuring without being careful”. Journal of Environmental Psychology, 70, 1-9. doi: 10.1016/j.jenvp.2020.101460

Bueno, R. K., Vieira, M. L., Crepaldi, M. A., & Schneider, D. R. (2015). Considerações epistemológicas da perspectiva bioecológica do desenvolvimento humano sobre o envolvimento paterno. Psicologia em Revista, 21(3), 599-620. doi: 10.5752/P.1678-9523.2015V21N3P599

Christian, H., Zubrick, S. R., Knuiman, M., Nathan, A., Foster, S., Villanueva, K., & Giles-Corti, B. (2017). Nowhere to go and nothing to do but sit? Youth screen time and the association with access to neighborhood destinations. Environment and Behavior, 49(1), 84-108. doi: 10.1177/0013916515606189

Cohen, D. A., Han, B., Derose, K. P., Williamson, S., Marsh, T., Raaen, L., & McKenzie, T. L. (2016). The paradox of parks in low-income areas: Park use and perceived threats. Environment and Behavior, 48(1), 230-245. doi: 10.1177%2F0013916515614366

Cohen, D. A., Han, B., Kraus, L., & Young, D. R. (2019). The contribution of the built environment to physical activity among young women. Environment and Behavior, 51(7), 811-827. doi: 10.1177/0013916517753036

Crawford, M. R., Holder, M. D., & O’Connor, B. P. (2017). Using mobile technology to engage children with nature. Environment and Behavior, 49(9), 959-984. doi: 10.1177/0013916516673870

Donovan, G. H., Michael, Y. L., Gatziolis, D., & Hoyer, R. W. (2020). The relationship between the natural environment and individual-level academic performance in Portland, Oregon. Environment and Behavior, 52(2), 164-186. doi: 10.1177/0013916518796885

Galvão, T. F., Pansani, T. D. S. A., & Harrad, D. (2015). Principais itens para relatar revisões sistemáticas e meta-análises: A recomendação PRISMA. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24, 335-342. doi: 10.5123/S1679-49742015000200017

Gonçalves, T. M. (2007). Cidade e poética: um estudo de psicologia ambiental sobre o ambiente urbano. Ijuí: Unijuí.

Greenwood, A., & Gatersleben, B. (2016). Let’s go outside! Environmental restoration amongst adolescents and the impact of friends and phones. Journal of Environmental Psychology, 48, 131-139. doi: 10.1016/j.jenvp.2016.09.007

Groshong, L., Stanis, S. A. W., Kaczynski, A. T., & Hipp, J. A. (2018). Attitudes about perceived park safety among residents in low-income and high minority Kansas City, Missouri, neighborhoods. Environment and Behavior, 52(6), 639-665. doi: 10.1177/0013916518814291

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1997). Crianças e Adolescentes indicadores sociais. (Vol. 6, pp. 1-79). Rio de Janeiro, RJ: IBGE, Divisão de Editoração - DIEDI/Departamento de Editoração e Gráfica- DEDIT/CDDI.

Islam, M. Z., Moore, R., & Cosco, N. (2016). Child-friendly, active, healthy neighborhoods: Physical characteristics and children’s time outdoors. Environment and Behavior, 48(5), 711-736. doi: 10.1177%2F0013916514554694

Kelz, C., Evans, G. W., & Röderer, K. (2015). The restorative effects of redesigning the schoolyard: A multi-methodological, quasi-experimental study in rural Austrian middle schools. Environment and Behavior, 47(2), 119-139. doi: 10.1177/0013916513510528

Koller, S. H., Morais, N. A., & Paludo, S. S. (2016). Inserção ecológica: Um método de estudo do desenvolvimento humano (Ecological engagement: A study method in human development). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Korpela, K., Korhonen, M., Nummi, T., Martos, T., & Sallay, V. (2020). Environmental self-regulation in favourite places of Finnish and Hungarian adults. Journal of Environmental Psychology, 67,1-21. doi: 10.1016/j.jenvp.2019.101384

Larson, L. R., Szczytko, R., Bowers, E. P., Stephens, L. E., Stevenson, K. T., & Floyd, M. F. (2019). Outdoor time, screen time, and connection to nature: Troubling trends among rural youth?. Environment and Behavior, 51(8), 966-991. doi: 10.1177/0013916518806686

Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm

Lerner, R. M., Lewin-Bizan, S., & Warren, A. E. A. (2011). Concepts and theories of human development. In M. H. Bornstein, & M. E. Lamb (Eds.), Developmental science: An advanced textbook (pp. 3- 49). New York: Psychology Press.

Lima, R. F. F., & Morais, N. A. D. (2019). Subjective well-being trajectories of street-involved youth: Considerations of a longitudinal study. Trends in Psychology, 27(4), 909-923. doi: 10.9788/tp2019.4-07

Loebach, J. E., & Gilliland, J. A. (2016). Free range kids? Using GPS-derived activity spaces to examine children’s neighborhood activity and mobility. Environment and Behavior, 48(3), 421-453. doi: 10.1177/0013916514543177

Menatti, L., Subiza-Pérez, M., Villalpando-Flores, A., Vozmediano, L., & San Juan, C. (2019). Place attachment and identification as predictors of expected landscape restorativeness. Journal of Environmental Psychology, 63, 36-43. doi: 10.1016/j.jenvp.2019.03.005

Moser, G. (2018). Introdução à Psicologia Ambiental: Pessoa e ambiente. Campinas: Alínea.

Oliveira, A. T. C., & Morais N. A. de (2019). Resiliencia Comunitaria: Un studio de caso de una comunidad de Fortaleza, CE. Trends in Psycholy, 27(3), 779-793. doi: 10.9788/tp2019.3-13

Oliveira, P. C. D., Reis, M. L., Vandenberghe, L., Souza, M. M. D., & Medeiros, M. (2020). “Sobrevivendo”: Vulnerabilidade social vivenciada por adolescentes em uma periferia urbana. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, 24, 1-18. doi: 10.1590/Interface.190813

Pinheiro, J. Q. (1997). Psicologia Ambiental: A busca de um ambiente melhor. Estudos de Psicologia, 2(2), 377-398. doi: 10.1590/S1413-294X1997000200011

Pinheiro, J. & Günther, H. (2008). Métodos de pesquisa nos estudos pessoa-ambiente. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Rodriguez, D. A., Merlin, L., Prato, C. G., Conway, T. L., Cohen, D., Elder, J. P. . . Veblen-Mortenson, S. (2015). Influence of the built environment on pedestrian route choices of adolescent girls. Environment and Behavior, 47(4), 359-394. doi: 10.1177/0013916513520004

Rollings, K. A., Wells, N. M., Evans, G. W., Bednarz, A., & Yang, Y. (2017). Housing and neighborhood physical quality: Children’s mental health and motivation. Journal of Environmental Psychology, 50, 17-23. doi: 10.1016/j.jenvp.2017.01.004

Schoen-Ferreira, T. H., Aznar-Farias, M., & Silvares, E. F. D. M. (2010). Adolescência através dos séculos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(2), 227-234. doi: 10.1590/S0102-37722010000200004

Slater, S., Pugach, O., Lin, W., & Bontu, A. (2016). If you build it will they come? Does involving community groups in playground renovations affect park utilization and physical activity? Environment and Behavior, 48(1), 246-265. doi: 10.1177/0013916515614368

Stefaniak, A., Bilewicz, M., & Lewicka, M. (2017). The merits of teaching local history: Increased place attachment enhances civic engagement and social trust. Journal of Environmental Psychology, 51, 217-225. doi: 10.1016/j.jenvp.2017.03.014

Tiriba, L., & Profice, C. C. (2019). Crianças da Natureza: vivências, saberes e pertencimento. Educação & Realidade, 44(2), 1-22. doi: 10.1590/2175-623688370

World Health Organization (WHO) (2020). Adolescent health. Recuperado de https://www.who.int/health-topics/adolescent-health#tab=tab_1

Zhou, X., Li, D., & Larsen, L. (2016). Using web-based participatory mapping to investigate children’s perceptions and the spatial distribution of outdoor play places. Environment and Behavior, 48(7), 859-884. doi: 10.1177%2F0013916515571732

Zhu, Y., & Fu, Q. (2017). Deciphering the civic virtue of communal space: Neighborhood attachment, social capital, and neighborhood participation in urban China. Environment and Behavior, 49(2), 161-191. doi: 10.1177%2F0013916515627308

Downloads

Publicado

2022-02-27