Por uma confabulação amorosa do mundo
DOI:
https://doi.org/10.34019/2525-7757.2023.v9.41850Palavras-chave:
palavra, imagem, raça, amorResumo
O que se desdobra nas páginas a seguir é uma conversação em torno das relações de palavras e imagens com construções de sentidos (tanto negativos quanto positivos) acerca do que é uma pessoa negra. Diante da urgência em pensar sobre raça em uma sociedade marcadamente racista, terrorista e genocida, desenvolvemos um exercício de escrita e imaginação, entre os meses de maio e julho de 2023, sobre estes temas e seus atravessamentos na arte e na cultura visual. Fizemos um movimento inicial no sentido de compreender o contexto que está posto, para nos situarmos e nos protegermos diante de ameaças e armadilhas. Entretanto, conforme o exercício se adensa, passamos a uma confabulação amorosa do mundo. Não de outro mundo, mas desse mundo, no qual vivemos e que também é nosso, apesar de muitas vezes nos ser negado. É esse mundo ao qual reivindicamos. Nossa escrita, que começa fragmentada e, por vezes, em primeira pessoa, toma o rumo da criação de um lugar comum, de encontro, troca e cura – em um movimento nada ensaiado, do qual pudemos nos dar conta apenas quando havíamos encerrado o exercício que nos propusemos a desenvolver. Com este texto, pretendemos contribuir para os processos de reconhecimento e de superação da colonização do ver, do dizer, do pensar, do sentir e do ser, nos situando, como pessoas negras, assertivamente além dos padrões (fracassados) que tentam nos definir, nos nomear e nos estereotipar.
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Copyright (c) 2023 Jocy Meneses dos Santos Junior, Elidayana Alexandrino
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