Brasilândia não é Disneylândia

Negra Li, fábula e hiper-realidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/2525-7757.2021.v7.33608

Palavras-chave:

rap brasileiro, modernidade tardia, favela, audiovisual brasileiro

Resumo

Através de um debate entre os conceitos de “fábula” e “hiper-realidade” – defendidos por Milton Santos (2001) e Jean Baudrillard (1991) para dar conta de perdas e hegemonias observadas na contemporaneidade –, o artigo analisa duas canções da rapper paulistana Negra Li: “Olha o menino”, de 2004, e “Brasilândia”, de 2019, bem como o videoclipe desta última. O olhar criativo e em primeira pessoa da mulher negra sobre a periferia que a projetou ao mundo traz um exame essencial aos modelos de ascensão social e autenticidade vividos na modernidade tardia. O artigo sustenta que, ao atravessar mais de uma década, o assertivo verso “Brasilândia não é Disneylândia” é poderoso recurso para alinhavar as críticas da representação da favela, forjada também pelo audiovisual brasileiro, com a de um mundo calcado em meras simulações do real.

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Biografia do Autor

Eduardo Prado Cardoso, Universidade Católica Portuguesa

Graduado em Audiovisual pela ECA-USP (2011) e mestre em Realização e Produção Cinematográfica (2017) pelas universidades Lusófona (Portugal), Edinburgh Napier (Reino Unido) e Tallinn (Estônia). É doutorando em Estudos de Cultura na Universidade Católica Portuguesa, e seus interesses de pesquisa se relacionam às culturas de massa e populares, às representações de violência e à modernidade tardia. 

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Publicado

2021-12-14

Edição

Seção

Artigos