Poéticas visuais e espaços limites
Resumo
Desde os anos 1960 temos o desdobrar de conceitos que não se enquadram mais nas definições formais e puristas de uma estética modernista. O espaço não é mais uma área branca e pura sobre a qual se constrói uma marca. Ele já tem marcas diversas. Assim, trabalhar com o espaço é um processo de diálogo com diferentes camadas de tempo e com as diversas forças que se associam, deixando informações e reivindicando direitos de participar das ações de ocupação ou intervenção que um artista queira realizar nele. Este artigo apresenta uma discussão sobre o espaço a partir das diferentes formas como este tem sido trabalhado na contemporaneidade, entre as quais, o conceito de espaços limites, que envolve a ideia de fronteira. Esta compõe uma série de sistemas semânticos de demarcações, separações, acesso, vigilância e controle. Nesse sentido, diversas abordagens sobre os espaços e as fronteiras são aqui discutidas com base em diferentes leituras de trabalhos de arte criados por mim e por outros artistas. Dentre os trabalhos que desenvolvi e que apresento neste artigo destaco: o site-specific Desemparede, que foi parte de uma ação em que desemparedava as janelas de uma galeria na cidade do Porto, Portugal; a série de fotografias Não existe, que é acompanhada de cartas que não encontraram seu destino e a ação Defrontar, que se desdobra em diversos trabalhos de intervenção urbana, fotografia e vídeo-instalação compondo uma série que discute os espaços limites, seja de fronteiras urbanas ou de fronteiras de territórios nacionais dentro de Europa.
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