Lisboa como palco de Artivismo e Política
curadoria e festival de filmes na produção de conhecimentosobre o direito à cidade
DOI:
https://doi.org/10.34019/2525-7757.2017.v2.28091Palavras-chave:
Artivismo e política, Cinema, Antropologia, Saúde públicaResumo
No artigo apresento, nos moldes de um relato de experiência, as reflexões parciais da produção da mostra Arte e Política Reloaded? O Direito à Cidade, realizada em Lisboa, em Junho de 2016. A proposta do evento foi questionar os princípios políticos e econômicos que geram a exclusão social, utilizando os recursos de intervenções artivistas no cinema. Parto da análise de filmes para sensibilização de um público heterogêneo encontrado em Lisboa, por ocasião das comemorações das festas de Santo Antônio, que atrai anualmente imensa quantidade de turistas europeus à cidade. Em 2016, houve também a presença significativa de brasileiros em função do VI Congresso Português de Antropologia realizado dias antes, em Coimbra.A equipe de curadoria desta mostra foi composta por um antropólogo português, uma antropóloga-cineasta brasileira e um cineasta e performer anglo-brasileiro. O suporte teórico para a seleção dos filmes partiu do campo das Arte, da Antropologia e do Cinema. A mostra compôs um evento mais amplo denominado Arte e Política Reloaded? O Direito à Cidade, que incluiu performances, colóquios e vivências teatralizadas dos temas sociais, político-econômicos e artísticos. A parceria entre Portugal – Brasil na organização da mostra foi um reflexo da construção de um diálogo entre narrativas locais e globais e dos processos de internacionalização das manifestações artivistas. A recepção de filmes foi concebida como uma dialogia estabelecida entre realizadores (diretores e produtores de filmes) e a audiência, mediada pelo processo curatorial. A exibição foi definida por sua característica efêmera, temporária e afetiva.
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