A pintura colonial e seus modelos

o postulado da imitaçãoe a doutrina do decoro

Autores

  • Clara Habib de Salles Abreu

DOI:

https://doi.org/10.34019/2525-7757.2017.v3.28045

Palavras-chave:

Pintura colonial brasileira, Modelos europeus, Gravuras, Decoro, Iconografias religiosas

Resumo

Na pintura colonial brasileira, muitas vezes, foram empregados temas, composições e modelos iconográficos encontrados em gravuras internacionais. A prática de emular ou até mesmo copiar outras obras era procedimento comum no universo artístico anterior ao Modernismo, inclusive, autorizado por uma teoria que definia a pintura essencialmente como imitação e aconselhado pela esfera religiosa principalmente a partir do Concílio de Trento. O exercício de cópia de modelos europeus foi essencial para a assimilação de preceitos teóricos e de um programa iconográfico colocados em trânsito a partir da circulação de gravuras entre Europa e Brasil Colonial. Destaca-se principalmente a assimilação da doutrina do decoroem seu aspecto moral e didático e de uma iconografia autorizada pela esfera religiosa. Atribui-se, inclusive, as pequenas modificações encontradas na passagem dos modelos europeus para as pinturas coloniais a uma diligente obediência às exigências do decoro em seu sentido didático e à condição social e técnica do artífice colonial.

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Publicado

2019-09-13

Edição

Seção

DOSSIÊ – Encontros da arte: entre a tradição e a experimentação