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Viagens feitas de Sons

Contributos para uma (re)escrita de diásporas de mulheres imigrantes de leste em Portugal

Autores/as

  • Sofia Sousa FLUP
  • Paula Guerra
  • João Carlos Lima

DOI:

https://doi.org/10.34019/2525-7757.2021.v6.33476

Palabras clave:

imigração, música, identidades, multiculturalismo, estigma.

Resumen

Este artigo constitui uma breve reflexão acerca da relação entre música e as representações identitárias de mulheres romenas imigrantes em Portugal, nomeadamente na Área Metropolitana do Porto (Porto, Maia, Valongo, Póvoa de Varzim e Vila Nova de Gaia). Partindo do pressuposto de que a música é uma forte componente do dia-a-dia destas mulheres, destacamos a sua relevância como um meio de resistência, de afirmação e de sobrevivência na sua viagem e acolhimento em Portugal. Além disso, baseando-nos na aplicação de uma metodologia qualitativa, assente na realização de 20 histórias de vida a mulheres romenas imigradas em Portugal, concluímos que existe um gap entre aquela que é a cultura de origem e a cultura do país de acolhimento: no sentido em que não é enfatizado o multiculturalismo e a partilha de gostos, de estéticas e de memórias do contexto de origem. Aliás, tal aspeto é tanto mais premente quando pensámos na forte estigmatização e discriminação de que estas mulheres são alvo diariamente numa lógica de violência simbólica – e por vezes, física. Mais ainda, a música tende a ser o meio que as une à sua cultura, às suas memórias, às suas tradições familiares e vicinais, assumindo-se como um poderoso veículo de reconstrução identitária na ultrapassagem das dificuldades quotidianas.

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Publicado

2021-08-13

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