A trajetória e experiência de trabalho de dançarinas Afro-brasileiras na França
a intersecção das relações de Gênero, Raça e Classe
DOI:
https://doi.org/10.34019/2525-7757.2021.v6.32888Palabras clave:
migração internacional; trabalho artístico, dança afro-brasileira e interseccionalidade.Resumen
Diversos são os motivos da migração (pessoais, familiares, sociais, econômicos e políticos) e os fatores que acabam interferindo nesse processo são os mais variados. Desse modo, este artigo tem como objetivo refletir sobre a trajetória de dançarinas afro-brasileiras na França, observando como se deram esses fluxos migratórios e a vivência dessa experiência. Busca-se explicitar nesse contexto como se manifesta a intersecção das relações de gênero, raça e classe. Da mesma maneira, procura-se conhecer quais as singularidades do campo artístico e de que forma essas profissionais se inscrevem no mercado de trabalho no referido país. Metodologicamente, o estudo baseia-se em uma pesquisa de abordagem qualitativa, sendo os dados obtidos por meio da etnografia, mediante observação participante e entrevista. Em se tratando das dançarinas brasileiras, oriundas de Salvador, Bahia, o processo migratório, analisado a partir das redes de interações e interdependências, tanto no país de origem quanto no de destino, foi acionado como estratégia para romper com o círculo de pobreza. Além disso, essas mulheres almejavam ascensão social e o reconhecimento social e profissional. As narrativas demonstraram que a concretização dos sonhos, alimentados pelo processo migratório, foi alcançada por algumas das dançarinas baianas e, no caso de outras, não ocorreu na dimensão que almejavam. Constatou-se ainda que as configurações do mercado de trabalho para estas profissionais que desejam sobreviver da arte são distintas no Brasil e na França, em decorrência de questões sociais, culturais, econômicas e de políticas públicas que marcam profundamente os dois países pesquisados.
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