Expressões, manifestações e atores das artes e culturas portuguesas contemporâneas

Autores

  • Susana Januário

DOI:

https://doi.org/10.34019/2525-7757.2018.v3.28033

Palavras-chave:

manifestações artísticas alternativa, ; território, mapeamento cultural e artístico

Resumo

Decorrente da democratização, da festivalização da cultura e da cosmopolitização artística, assiste-se, em Portugal, a partir do final da década de 1980, ao surgimento de diversas manifestações artísticas cujas lógicas, sobretudo de emergência, rompem com as instituídas. Estas manifestações, entendidas como alternativas e/ou underground, têm vindo a corporizar novas formas de criação/mediação/receção/convenções/canonizações artísticas. Ou seja, iniciativas que assentam, designadamente, em novas práticas de trabalho segundo lógicas do-it-yourself (DIY), nas quais os artistas/criativos assumem, nomeadamente, papel de produtores/gestores, e os gatekeepers e os processos de criação de reputações se assumem-se como fundamentais na provisão/atração/fruição destas atividades. A emergência e consolidação destas manifestações enquadram-se num cenário de aposta e evolução significativa no campo cultural e artístico em Portugal. Efetivamente, a realidade portuguesa, nomeadamente deste século, corporiza, de forma indubitável, a importância conferida à cultura enquanto fenómeno social primordial. A viragem epistemológica da Sociologia para esta essencialidade impõe-se, perante não só a exponenciação das dinâmicas sociais e económicas, como também as intenções políticas, particularmente as encetadas pelos municípios (territorialmente, portanto). A partir da análise de conteúdos produzidos por um conjunto de dispositivos mediáticos considerados relevantes no que respeita à produção, à mediação e à divulgação cultural e artística, procurou-se obter o mapeamento das manifestações artísticas em estudo. Este permite-nos compreender, por um lado, a incidência destas manifestações no território e, por outro lado, a emergência de novas hegemonias territorializadas ou não no que respeita à “agenda cultural/artística” portuguesa e consequentes processos de criação/mediação/receção/canonização.

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Publicado

2019-09-13

Edição

Seção

DOSSIÊ – Políticas Públicas para Arte e Cultura